Wadson Regis

O impressionante desconhecimento do que é óbvio

A decadência do bom jornalismo, a cumplicidade do judiciário com o sistema político, o descumprimento das prerrogativas de operadores do direito e o cinismo transformam a ciência política num picadeiro de horrores.

É ano de eleição. Tempo de promessas, visitas, abraços, beijinhos e “estratégia”. Esta palavra aí, cercada pelas aspas, está no modelo “tradução livre”. É que tudo parte do interesse, da intenção e da missão. Para todas as ações a “estratégia” vai estar lá. Neste momento entra em cena os "líderes comunitários", que se tornam gladiadores em defesa do líder. Ou seria em defesa do pão, para completar o pão e circo?

Em ano de eleição o jornalismo vira jabalismo, o judiciário fica precário, o direito pega à esquerda e o sistema entra em cena como protagonista. (Com vênia às exceções)

Obviamente, serei alvo do que escrevo aqui. Mas é de conhecimento da maioria que não há imprensa imparcial, que há relação direta (com interesses dos mais variados) entre os poderes constituídos e uma desordem que desnorteia os princípios da Ordem. Com mais esse tripé o mecanismo produz o que temos de pior na política.

Alagoas é um oásis; Maceió o paraíso. No geral, temos milhares de pessoas que passam fome, que têm sede, carência de água nas plantações e uma enxurrada de desempregados. Daí, mais de meio milhão de conterrâneos dependendo do Bolsa Família.  

A cada dois anos temos a oportunidade de manter no cargo os que fazem jus ao voto. Sim, eles existem (ainda que muito poucos).

O desconhecimento do que é óbvio é impressionante (será)!

Wadson Regis

Wadson Regis

Sobre

Jornalista profissional, formado pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal), é editor-geral do AL1.

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