Wadson Regis

A política e o repertório da covardia

Cada um com o que lhe compete e cada um com o que necessita. A atividade política, diferente do que muita gente pensa, é uma seara coletiva. Explico: Lula não voltou à presidência por ser o melhor nome para o cargo; Arthur Lira não foi reeleito presidente da Câmara pelos avanços no Legislativo Federal; Renan Filho, economista de formação, não virou ministro dos Transportes pela sua capacidade técnica. E por aí vai....

Na política brasileira MERITOCRACIA é um palavrão equivalente ao xingamento de mãe. O modelo de política praticado no Brasil está falido (e todos sabem disso). Há necessidade de reformas (e todos sabem disso). Se apossar do erário é crime (e todos sabem disso). A crise moral do país é consequência da tríplice aliança entre políticos, setores do judiciário e da imprensa (e todos sabem disso).

Em Alagoas conta-se nos dedos os “animais políticos”, mas não é possível computar o volume de xeleléus e sacanas envolvidos num processo eleitoral e na administração pública. Com eles os princípios da política sucumbem diante do vasto repertório dos covardes.

Ser apolítico é um erro. Mas calar diante do erro é muito pior. Assim, de maneira majoritária, os covardes conseguem longevidade, com vasta facilidade de produzir sucessores nesta nobre arte chamada política "que chora(e todos sabem disso).

Wadson Regis

Wadson Regis

Sobre

Jornalista profissional, formado pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal), é editor-geral do AL1.

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