Assim... pensando por esse prisma, fica evidente que alguém vai ter que interceder, muito em breve, para evitar uma guerra política a partir de Arapiraca, que pode invadir outros clãs.

A política de palanque é um modelo antigo, mas ainda eficiente, muito mais quando aplicada num estado como Alagoas, que produz filhotes de raposa a cada novo ciclo eleitoral.

Como nesta seara não dá para esconder o rabo entre as pernas sem deixar rastro, cutucar (de maneira antecipada) um animal político como Luciano Barbosa, prefeito de Arapiraca, pode desencadear um derramamento de assuntos abafados. Ninguém aprendeu tanto com Renan Calheiros como Luciano. Digo o seguinte: Renan é o camaleão-mor em atividade na política nacional. Em Alagoas, da geração 1978 (quando foi eleito deputado estadual), Renan é o único sobrevivente (por mérito).

Renan entrou neste contexto porque o personagem político mais próximo dele (em conhecimento) é Luciano Barbosa, que está na linha de tiro em Arapiraca. Independente das motivações, o “camaleão agrestino” saberá como se reinventar e contra-atacar.

Só uma dica: Renan é Luciano e Luciano é Renan. Quem duvida precisa de aula de reforço sobre a Academia da Política Alagoana. 

E Renan Filho? ainda é príncipe. E o Rei não está nu.