Wadson Regis

“Filho da p... esse 1% é mentira"! De qualquer jeito vai terminar em violência

O crime do petista Marcelo Arruda, que morreu numa troca de tiros com o bolsonarista José da Rocha, acendeu a chama dos extremistas, que ameaçam a paz e a democracia, neste emblemático processo eleitoral.

Cenas de barbárie como as exibidas em todos os meios de informação do país vão se repetir (não há dúvida). Desta vez morreu um petista mas... e o próximo? Será Bolsorista ou mais um petista?

Nada justifica uma ação extrema. O guarda municipal morreu em sua festa de aniversário, na frente da esposa, filhos e amigos. Ele foi vítima da intolerância de um indivíduo extremista, mas não morreu covardemente. Ao ser ameaçado pelo assassino de que voltaria para concluir a discussão ele também se armou. Esperou e revidou. Dois corpos baleados. Uma vida ceifada e famílias abaladas.

Em Foz do Iguaçu (PR), o confronto terminou em morte e virou assunto nacional. Certamente não foi o primeiro e não será o último caso.

Bom para puxar as orelhas de Renan Calheiros, Arthur Lira e até do ex-pacato Rodrigo Cunha, que agora inflama seus opositores. Quando os líderes inflamam os liderados radicalizam.

Na última sexta-feira, em Maceió, dois colegas bastante conhecidos na política de Alagoas quase chegam às vias de fato num badalado supermercado/restaurante.

A treta aconteceu entre um presidente de partido e um advogado calheirista. Entre uma garrafa de vinho e outra, o presidente partidário disse ao advogado:

- “Olha, eu acho que o Governo Renan Filho foi 99% excelente!”

E antes de continuar o elogio. O advogado aliado respondeu: 

- “Filho da puta. Esse 1% é mentira. Não existe isso. Um absurdo você criticar o Renan Filho.”

O presidente do partido disse:

- “Calma Fulano. Deixa eu concluir: 99% de aprovação é um resultado praticamente impossível. Mas eu queria justificar…”

O advogado disse :

- “Beltrano, filho de puta, você não pode falar nada de mal do Governador Renan Filho.”

Foi quando o presidente partidário disse:

- “o 1% que precisava melhorar era a equipe do governo aprender a ouvir.”

Neste caso os amigos do deixa-disso conseguiram resolver. Mas essa será a pegada.

Quem será a próxima vítima? Essa é a questão.

Wadson Regis

Wadson Regis

Sobre

Jornalista profissional, formado pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal), é editor-geral do AL1.

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