Wadson Regis

Chegou a hora de rifar (os menos importantes)

Com quem e em que palanques estarão Antônio Albuquerque, Paulo Dantas, Rodrigo Cunha, Rui Palmeira, Collor e Davi Filho? A primeira coisa aí é saber quem manterá candidatura até o final. Depois vem a escolha para vice, senador e como ficarão as chapas proporcionais. Ou você pensa que o problema está apenas na eleição indireta que acontecerá na Assembleia Legislativa, ninguém sabe quando?

A plateia que acompanha o diário da Loucademia da Política Alagoana precisa passar a prestar atenção, a partir de agora, nas escolhas e nas definições de Brasília.

Por ordem alfabética:

Antônio Albuquerque, que segue em voo solo, tem que se ajustar por aqui, negociar o acerto e depender dos encaminhamentos da executiva nacional.

Paulo Dantas precisa resolver o imbróglio no STF e percorrer trecho como governador. Com o imponderável na eleição indireta a nova estratégia necessita ser perfeita, porque o tempo não para e ainda não é possível mensurar o tamanho do estrago com a demora na eleição.

Rodrigo Cunha terá mais de um desafio. Primeiro precisará ouvir e saber negociar com Arthur Lira, seu fiador eleitoral. A ida para o União Brasil foi um risco (com certeza não calculado) que pode lhe custar, inclusive, a candidatura. Pode parecer imponderável, mas essa palavrinha já é o segredo da eleição. Ele também terá que explicar ao seu eleitorado porque estará apoiando Bolsonaro. Sim, o presidente já avisou que os partidos aliados – e o UB será um deles – estarão no mesmo palanque, falando a mesma língua. Ou faz isso ou será rifado.

Rui Palmeira precisa definir e apresentar seus aliados. Se fechar mesmo com Celso Pessoa, abrindo espaço político em Arapiraca, ganha musculatura que poucos acreditavam. E não duvide de um bônus a partir da eleição indireta.

Regis Cavalcante, o azarão do pleito, tem história e ainda sente na pele os efeitos da traição sofrida que lhe tirou importância eleitoral. É, sem dúvida, o melhor quadro, mas lhe falta munição política. Sua vitória será confirmar a candidatura e esperar o tempo passar. Se for candidato já elimina Jó como vice de Rodrigo.

Mas é preciso um tempo maior para analisar a situação de Collor. Ninguém tem o tamanho eleitoral e político dele. Ninguém envolvido neste pleito chegou tão alto, caiu tão bruscamente, levantou-se quando poucos acreditavam e deu a volta por cima. Collor, anote aí, será o principal prêmio na rifa das escolhas desse emblemático processo. Se Jó não for a vice de Rodrigo, que tal você pensar um palanque com Bolsonaro, Rodrigo (com Davi Filho de vice) e Collor de senador, tudo pensado por Arthur Lira? Collor ao governo, com Arthur avalista? Porque não? 

Duvide não, ou será mais uma vez surpreendido pelo empolgado IMPONDERÁVEL.

Wadson Regis

Wadson Regis

Sobre

Jornalista profissional, formado pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal), é editor-geral do AL1.

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