Não há 1ª, 2ª, 3ª, 4ª e 5ª vias na disputa pelo Governo de Alagoas

Qual a base para rotular Antônio Albuquerque, Paulo Dantas, Regis Cavalcante, Rodrigo Cunha e Rui Palmeira, como pré-candidatos que se anunciam para disputar o Governo de Alagoas? A referência que temos é a pesquisa Data Sensus, divulgada no dia 2 de fevereiro, com o cenário daquele momento. De lá pra cá Albuquerque, Rui e Regis anunciaram candidatura, Rodrigo trocou o PSDB pelo UB, ampliando sua base eleitoral, e Renan Filho que renunciou e confirmou o apoio a Paulo Dantas, também ampliando seu poderio eleitoral.

Partindo da premissa de que o último levantamento foi feito há 67 dias é preciso uma nova amostra para que a análise seja possível.

Para a ciência política, 3ª via é a candidatura de centro, que foge dos extremos. Na visão arcaica da velha política, com o reforço da mídia, dar-se o nome de 3ª via ao terceiro colocado nas pesquisas ou a quem esteja correndo por fora. Em Alagoas, por exemplo, corre o risco do 1º colocado na pesquisa ser Rui Palmeira (como mostrou o Data Sensus), mas ele é visto como terceira via porque Paulo Dantas e Rodrigo Cunha têm mais apoio político. Oxe... se alguém lidera não pode ser rotulado de terceira via!

Desta forma, com tantas alterações (algumas inimagináveis) acontecendo, ainda mais com a possibilidade de 5 candidaturas (ou mais, se Ronaldo Lessa e Collor decidirem entrar no jogo) não será correto enumerar quem são a 1ª, 2ª, 3ª, 4ª e 5ª... vias na corrida eleitoral para o Governo de Alagoas.

A política daqui é provincial, movida pela dinastia, pelo dinheiro, pelo poder de alguns, mas, vez ou outra, o povão decide dar um freio de arrumação. Maceió, por exemplo, tem sido, há anos, o moleque rebelde das urnas.

Continuo acreditando que o imponderável será o grande vencedor deste pleito. A 1ª via será conhecida em outubro. É a via alternativa que a sociedade terá escolhido.