O processo eleitoral em Alagoas está voando pelos corredores da escuridão. Cravar informação precisa é mais que um risco, é uma irresponsabilidade. Jornalismo que acha, além de não informar, coloca dúvida no leitor.

O mal do achismo também está colocando em risco o que alguns líderes propagam como certeza. Aproveito para lembrar o que disse o Dr. Enéas Carneiro, então pré-candidato a presidente do Brasil, ao interromper o pastor Ildo Rafael, seu principal apoiador em Alagoas, nas eleições de 1996.

O auditório da Antiga Reitoria da Ufal, ao lado da Praça Sinimbu, no Centro de Maceió, estava lotado. Ildo era o penúltimo orador. Ao pegar o microfone disse a seguinte frase: Meus amigos... eu acho que este... foi interrompido por Enéas que, ao seu estilo, esbravejou: Pastor Ildo!!!!! Aprenda uma coisa: quem acha, não sabe de nada; quem tem certeza é doido; você tem que ter convicção!!!!

Pois é exatamente o que está acontecendo no emblemático processo eleitoral alagoano; muita gente achando (não sabem de nada), alguns líderes com certeza (estão sem noção) e nenhuma convicção (é fato).

Finalizo este texto com a seguinte reflexão: Imagine uma eleição de caráter pessoal, sem regra entre alguns líderes, sem bandeira de luta, mas com dinheiro e a imoralidade de dezenas de pré-candidatos fazendo a roda girar para frente e para trás.

Se você tem algo a dizer, é melhor esperar, porque quem diz saber, não sabe o que está acontecendo e, desta forma, não sabe que o que diz não representa a realidade do momento, muito menos o que vai acontecer.

A única convicção do 1º round do processo foi a renúncia de Renan Filho. Muitos, como Arthur Lira, duvidavam. Ou seja: não sabiam (COM CONVICÇÃO) o que propagavam. O 2º round está em andamento, mas a vitória só no 5º round. Assim, até lá... o imponderável vai desequilibrar.

Convictos somente os invictos, que nunca perderam e acham que não irão parar de ganhar.