Pasme com o que constatei
Tive a
satisfação de almoçar, num badalado restaurante da capital, com os amigos Juca
Carvalho (presidente do Cidadania) e Max Palmeira (presidente do Democracia
Cristã). Na conversa surgiu o tema: desconhecimento dos políticos e
desinteresse da população sobre as eleições de outubro.
Tive a ideia de fazer duas perguntas a 5 garçons, de gerações e perfis diferentes.
Primeiro, mostrei as fotos de Paulo Dantas, Renato Filho, Rodrigo Cunha e Rui Palmeira (citados para disputar o Governo de Alagoas). Perguntei aos 5 se reconheciam os personagens. Rui obteve 100% de reconhecimento como ex-prefeito da capital; Rodrigo foi reconhecido por 2 garçons (um como senador e outro lembrou dele no Procon) e Paulo Dantas e Renato Filho sem reconhecimento facial.
A segunda questão era se eles sabiam quem são os 3 senadores por Alagoas. Dois disseram Rodrigo, um falou Collor, um lembrou de Renan e um (com mais idade, falou Benedito de Lira (que está como prefeito da Barra de São Miguel). O detalhe é que nenhum falou Renan Calheiros, Fernando Collor e Rodrigo Cunha. Juca Carvalho e Marx Palmeira são testemunha desse lastimável fato.
Comentei o ocorrido ao amigo e estrategista (com diploma da vivência) Paulo Santos, que acumula experiência na seara política desde Sergio Moreira, passando por Renan Calheiros, Arhur Lira, João Lyra e agora com Renato Filho, prefeito do Pilar. E ele me chamou a atenção de que o grande público ainda não tomou conhecimento (sequer) da renúncia (prevista para às 14h do próximo sábado) do governador Renan Filho. Ao desligar o telefone conversei com uma secretária do lar, um porteiro e a zeladora do prédio onde moro. Apenas um disse que ouviu no rádio. Afirmei aos três que sim e perguntei se eles imaginam o porquê. Obtive 100% de “sei não”, sei lá” e sei não. Tive que informá-los. Detalhe: os 3 dizem aprovar com veemência o governo de Renan Filho.
Assim, o complexo e indefinido processo eleitoral começou (apenas) para quem busca ou precisa manter os cargos, para assessores e os milhares de xeleléus.
É impressionante como os profissionais da política não conseguem aproximação com o povo.
A eleição de 2022 ainda não tem eleitor. PASME!