A única certeza é a incerteza: Com o imponderável alterando o processo eleitoral, as circunstâncias decidirão o pleito

Preste atenção!
Se você acompanha (ou não) a política alagoana dedique tempo para analisar um detalhe crucial: o processo em andamento não é monetário. Se continua sem entender, saiba que não existe solução simples para problema complexo. Caso ainda não esteja acompanhando o raciocínio, tenha em mente que é preciso cautela antes do prejulgamento que possa fazer. Para quem sofre com ansiedade vai um alento: na política, ansiedade é unanimidade.
Preste bem a atenção!
1 – o processo não é monetário, mas é matemático. Não será o dinheiro do fundo partidário e o venoso caixa 2 que decidirão o pleito. O melhor para Alagoas será decisivo.
2 – o problema é complexo porque dois grupos dominantes, que se digladiam abertamente, já começam o processo derrotados:
- O MDB não construiu uma candidatura própria. Paulo Dantas é fruto do entendimento de grupos que se uniram para garantir a manutenção da governabilidade da gestão bem avaliada de Renan Filho;
- Arthur Lira, presidente da Câmara Federal, líder do Centrão e aliado de primeira hora de Bolsonaro, também não conseguiu construir.
É surreal, mas erraram feio.
Renan Filho e Arthur Lira, pelo erro estratégico, precisam das alianças para o êxito e é aí que não existe solução simples para o problema causado por eles. Os reis estão nus. Mas Renan entrou no jogo.
Assim, até 1 de abril, quando há possibilidade de pular cerca entre partidos, haverá perdas e ganhos em todos os lados. Conquista mesmo só a partir de 2 de abril, após as convenções e no resultado do primeiro e segundo turnos, mas aí só em 2 e 28 de outubro.
Quem acompanha o processo político sabe que a ansiedade é inevitável e esse não será um processo comum.
Por outro lado, a turma da política sabe que Os Renan’s e Arthur Lira já disputam o processo eleitoral de 2026.
Parece surreal, mas não é.
SUGESTÃO: Leia... É O Fim do Poder, de Moisés Naim; ou... Tempos Líquidos, de
Zygmunt Baumann