Para quem não tem noção de política, as alterações de pré-candidatos neste momento de encerramento dos prazos de filiação fazem parte da sobrevivência. Partido que perder filiado dirá que é traição.  O filiado que mudar de legenda dirá que é sobrevivência.

Foi com base nesse entendimento que o advogado Alfredo Gaspar de Mendonça decidiu trocar o MDB, pelo União Brasil, que nesta segunda-feira deu o veredicto de que Arthur Lira, líder do PP, terá o controle da legenda em Alagoas. Também natural. Faz parte do poder político do presidente da Câmara Federal.

As versões e os porquês da saída de Alfredo Gaspar pouco importam a partir de agora. Duas delas, que são as mais fortes, dizem o seguinte:

01 – Alfredo saiu porque não vota em Lula e Paulo Dantas.

02 – Saiu porque sentiu que Isnaldinho Bulhões seria o candidato abonado por Baleia Rossi, presidente nacional do MDB e seria, também, a primeira opção de Renan Filho.

As duas fazem sentido. Sobreviver é o lema desta eleição. Quem não entender isso vai servir como bucha de canhão. Por que será que Davi Maia assumiu a coordenação da chapa de estadual no grupo de Rodrigo Cunha? Porque ter o controle é gerenciar o caminho da vitória.

Não precisa desenhar. Mas quem não é do ramo fala o que não sabe e faz o que não deve.