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Murici: Atuação do MPAL leva mais um feminicida à condenação

Com atuação segura do Ministério Público de Alagoas (MPAL), após nove anos de espera, a região da Zona da Mata pôde registrar, nessa terça-feira (2), a condenação de mais um feminicida na cidade de Murici. Tendo o Conselho de Sentença acatado as qualificadoras de emprego de meio cruel e utilização de recursos que impediu a defesa da vítima, Geraldo Mariano da Silva foi condenado a 24 anos e seis meses de prisão, a cumprir em regime fechado, pelo assassinato da companheira Lorenilda Domingos da Silva.

O crime estarreceu a população e traumatizou toda família da vítima, em especial os filhos do réu e da vítima que presenciaram a crueldade cometida pelo genitor. Para a promotora de Justiça Ilda Regina Reis, o resultado do julgamento com aceitação integral da acusação feita em plenário pelo Conselho de Sentença, foi uma demonstração da realização da justiça, como também, um conforto para a família que se mostrou presente ao julgamento muito emocionada.

“Ficou demonstrado que o assassinato em tela foi uma tragédia premeditada pelo autor que em seu interrogatório em plenário descreveu sua conduta com frieza e sem o menor remorso ou arrependimento. Todas as provas constantes dos autos foram apresentadas pela acusação, sem deixar quaisquer dúvidas, da autoria e materialidade do crime, e de sua premeditação tendo o denunciado trancado a porta com uma corrente e as janelas com cadeados para não ser atrapalhado na conduta violenta contra a vítima indefesa que além de ser espancada teve seu pescoço aberto por golpes segundo o próprio autor de um machado.”

Para a promotora Ilda Regina, o Conselho de Sentença acatou a acusação e a sentença foi prolatada com uma condenação justa, ao final, anunciado o resultado do julgamento a família da vítima se abraçou, e agradeceu pelo julgamento justo.

À época, os filhos do casal tinham cinco e oito anos e estavam em casa, local do assassinato, quando, em fúria, o réu desferiu vários golpes de machado contra Lorenilda. Declarantes e testemunhas afirmaram que a vítima já vinha sendo espancada constantemente por ele.

“Sarcástico, um homem extremamente sem sentimentos que teve a capacidade de, após matar a companheira, apagar as luzes e trancar o imóvel, vindo em seguida a avisar aos familiares dela, através de várias ligações telefônicas tinha assassinado a vítima e ainda propagou que iria matar os filhos. Hoje a justiça foi concretizada e o assassino cumpre a pena que lhe foi imposta destaca a promotora.

Geraldo empreendeu fuga logo após o assassinato e somente no primeiro semestre de 2024 foi capturado no Rio de Janeiro, tendo o mesmo afirmado que responde por outro crime de homicídio praticado na cidade em que se encontrava.

Ascom MPAL