Assessores aprendem técnicas de produção de minutas com o uso de Inteligência Artificial

Assessores de 1º e 2º grau do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL) participam, nesta quinta-feira (4), da formação “Inteligência Artificial aplicada à elaboração de minutas judiciais”, ministrada pelo juiz Felipe Pacheco, juiz titular da Comarca de Limoeiro de Anadia. Nesta sexta-feira (5), o curso será destinado aos servidores do interior, em Arapiraca
De acordo com o docente, a capacitação está alinhada às normas estabelecidas pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para o uso responsável da Inteligência Artificial pelo Poder Judiciário.
Felipe Pacheco comparou a chegada da Inteligência Artificial no cotidiano de trabalho ao impacto da virtualização dos processos, quando estes deixaram de ser físicos e passaram a ser digitais.
“Nosso objetivo é adequar o trabalho do Judiciário ao futuro. Assim como o processo eletrônico e a virtualização representaram um marco, agora a Inteligência Artificial surge como mais um aliado. Naturalmente, em um primeiro momento, haverá desconfiança, medo, insegurança e vozes contrárias, mas estamos certos de que este é o caminho do futuro”, pontuou.
O magistrado ressaltou que o debate fomentado nos participantes é essencial para esclarecer questionamentos e desmistificar preconceitos em relação ao funcionamento da IA e entregar uma prestação eficiente e de qualidade para o jurisdicionado.
“O que buscamos, no final das contas, é entregar um serviço de maior qualidade, projetado para atender melhor à sociedade. Com as ferramentas tecnológicas, poderemos melhorar nossa produtividade e fazer mais no mesmo tempo, garantindo eficiência e excelência no trabalho”, comentou.
Experiência dos participantes
Ana Gabriela Dalboni, assessora do 2º grau, revelou que no gabinete em que trabalha, o uso da IA tem sido assunto de debates entre ela e seus colegas. Ela considera essencial o aprendizado das possibilidades garantidas pela IA
“Estamos ainda no começo, buscando a melhor forma de implementar a tecnologia, mas sempre com critério e responsabilidade. Isso é fundamental para que possamos começar de fato a aplicar a tecnologia e, ao mesmo tempo, aperfeiçoar o uso responsável por parte de quem já a utiliza”, afirmou.
A assessora destacou, ainda, as funcionalidades da Inteligência Artificial como via de desobstrução do sistema de justiça, oferecendo celeridade e eficácia.
“O volume de processos é muito grande e a mão de obra ainda não é suficiente. A Inteligência Artificial se apresenta como um instrumento importante para otimizar o trabalho. Na minha visão, é um caminho sem volta”, sintetizou.
Ascom Esmal