Biblioteca Pública Estadual Graciliano Ramos oferece Oficina de Teatro com leitura

Daniel Borges
A Biblioteca Pública Estadual Graciliano Ramos, equipamento do Governo de Alagoas administrado pela Secretaria de Estado da Cultura e Economia Criativa (Secult), recebe a partir do dia 23 de setembro a oficina Teatre-SE com leitura, conduzida pelo ator, pesquisador e professor Bruno Queiroz. A ação acontecerá às terças-feiras, com duração de três meses e emissão de certificados para os participantes.
Voltada para jovens e adultos a partir de 16 anos, a oficina visa introduzir fundamentos do teatro como ferramenta de inclusão cultural, estimulando a expressão artística, a criação coletiva e o debate sobre temas sociais. Ao longo de dez encontros, os participantes trabalharão voz, dicção, expressão corporal, improvisação e criação de personagens, culminando na apresentação de cenas para a comunidade.
Para a secretária de Estado da Cultura e Economia Criativa, Mellina Freitas, iniciativas como esta são fundamentais para ampliar o acesso às artes cênicas em Alagoas.
“Investir em oficinas de teatro é oferecer oportunidades para que jovens e adultos descubram seu potencial artístico, desenvolvam senso crítico e se conectem com a cultura local”, destacou.
A supervisora da biblioteca, Mira Dantas, ressalta a importância de aproximar a comunidade do espaço cultural.
“A Biblioteca Graciliano Ramos sempre buscou ser um ponto de encontro para o conhecimento e a cultura. Com esta oficina, ampliamos nosso papel, oferecendo ferramentas para que os participantes experimentem o teatro como forma de expressão, diálogo e pertencimento”, afirmou.
As 20 vagas disponíveis são gratuitas e as inscrições devem ser feitas pelo link https://forms.gle/SsZEVJTKEpFgDnyc6.
Metodologia
1º Encontro – Acolhimento e Introdução ao Teatro
Dinâmicas de apresentação e quebra-gelo. Roda de conversa: “O que é teatro e qual sua função social hoje?”. Breve panorama do teatro brasileiro e apresentação da proposta da oficina.
2º Encontro – Voz e Dicção
· Exercícios de respiração, articulação e projeção.
· Jogos vocais coletivos.
· Exploração do espaço da biblioteca como caixa acústica.
3º Encontro – Expressão Corporal
· Jogos teatrais de corpo e movimento.
· Exercícios de ocupação do espaço e criação de imagens corporais.
· Relação entre corpo e memória local.
4º Encontro – Improvisação I: Realidade e Crítica
· Improvisações a partir de situações cotidianas de Maceió.
· Discussão sobre temas sociais emergentes (mobilidade, desigualdade, cultura popular, juventude).
5º Encontro – Improvisação II: Dramaturgia Brasileira
· Exercícios de improvisação a partir de textos ou fragmentos de autores nacionais e locais (ex.: Ariano Suassuna, Nelson Rodrigues, dramaturgos locais).
· Comparação entre dramaturgia e realidade local.
6º Encontro – Criação de Personagens
· Experimentação de voz, corpo e gestos.
· Construção de personagens inspirados tanto em figuras sociais da cidade quanto em arquétipos da dramaturgia.
7º Encontro – Criação Coletiva de Cenas I
· Seleção do tema/obra que servirá como base para a cena final.
· Início da escrita cênica colaborativa.
· Primeiras improvisações estruturadas.
8º Encontro – Criação Coletiva de Cenas II
· Definição das cenas que comporão o produto final.
· Ensaios iniciais.
· Discussão sobre estética (figurinos, objetos, sonoplastia).
9º Encontro – Ensaios Gerais
· Ensaios completos com ajustes de direção.
· Testes de figurino, sonoplastia e ambientação.
10º Encontro – Apresentação Final
· Preparação coletiva (aquecimento corporal e vocal).
· Apresentação das cenas para a comunidade e público da biblioteca.
· Conversa pós-espetáculo (bate-papo crítico com público e participantes).