Samu leva primeiros socorros e cidadania à Escola Pompeu Sarmento, em Maceió

Arnaldo Santtos
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) promoveu, nesta sexta-feira (26), mais uma edição do Projeto Samu nas Escolas (PSE). Desta vez, a ação foi desenvolvida na Escola Municipal Pompeu Sarmento, localizada na Avenida Muniz Falcão, no Barro Duro, em Maceió. A atividade atendeu alunos do 1º ao 9º ano, com idades entre 7 e 14 anos, além de estudantes da Educação de Jovens e Adultos (EJA).
Desenvolvido por meio de atividades lúdicas, dinâmicas interativas e simulações práticas, o projeto abordou temas fundamentais como primeiros socorros em casos de engasgos, desmaios, choques elétricos, queimaduras e fraturas. Também foi destaque a conscientização sobre os prejuízos sociais e operacionais causados pelos trotes ao número 192, que comprometem diretamente o atendimento de pessoas em situações reais de emergência.

O PSE é um projeto de extensão da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), feito em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) e o Samu. A ação é conduzida por acadêmicos de medicina e enfermagem previamente capacitados por profissionais do Samu, que levam o conhecimento técnico às salas de aula de maneira acessível, envolvente e cidadã.
A coordenadora geral do Samu, Beatriz Santana, destacou que o Samu nas Escolas é um dos pilares da instituição. “O Samu nas Escolas é um projeto cidadão. Ele vai além da instrução técnica: ensina crianças, adolescentes e adultos sobre o valor da vida, a importância do Samu para a comunidade e os malefícios reais dos trotes. Cada trote impede que uma pessoa em verdadeiro risco seja atendida a tempo. Ao conscientizar os mais jovens, estamos construindo uma sociedade mais responsável e solidária”, afirmou.
A diretora da Escola Municipal Pompeu Sarmento, Laura Costa Azevedo, reforçou a interação entre saúde e educação. “Saúde e educação são áreas que se interligam, e a interação entre as duas promove qualidade de vida. Por isso, o Projeto Samu nas Escolas é fundamental. As crianças e adolescentes, principalmente, são multiplicadores de informações junto aos amigos e familiares, o que contribui, decisivamente, para uma melhor qualidade de vida coletiva”, destacou.

Os alunos participaram com entusiasmo e demonstraram ter assimilado o conteúdo das oficinas. Emanuelly Araújo Silva, de 10 anos, contou que aprendeu como agir em caso de choque elétrico e entendeu que os trotes prejudicam pessoas que realmente precisam de ajuda. Ane Karine Gomes da Silva, de 9 anos, afirmou que agora sabe como ajudar alguém que está levando choque. Evelyn Araújo Silva, também com 10 anos, disse que aprendeu o que fazer para ajudar quem está sangrando ou com o braço quebrado.
Ysadora Kamilly Marques dos Santos, da mesma idade, relatou ter aprendido a desengasgar uma criança e considerou a experiência muito legal. Todas expressaram o desejo de que os acadêmicos retornem para ministrar novas aulas e muitas delas revelaram interesse em seguir carreira na área da saúde, manifestando o sonho de se tornarem médicas, socorristas ou enfermeiras do Samu.

As ações do projeto Samu nas Escolas ocorrem em dois turnos, às 7h30 e às 13h30, e seguem um cronograma previamente agendado. A próxima escola a ser atendida será a Escola Estadual Irene Garrido, localizada na rua Hamilton de Moraes, no Conjunto Residencial Dubeux Leão, no bairro Tabuleiro dos Martins, em Maceió, na sexta-feira, dia 3 de outubro.
As escolas interessadas em receber o projeto devem entrar em contato com a assistente social do Samu, Maria Lierge Batista, por meio do e-mail [email protected], informando a faixa etária dos alunos para que a ação seja planejada de forma adequada.