Especialista aborda cuidados essenciais para se exercitar com segurança no verão
Com a chegada do verão, muitas pessoas se sentem mais motivadas a retomar as atividades físicas, seja musculação ao ar livre, corrida, natação, surfe, vôlei de praia ou trilha. Mesmo assim, não é recomendável recomeçar como se o corpo estivesse totalmente preparado. Thauan Ferro, fisioterapeuta e professor do curso de Fisioterapia da UNINASSAU Maceió, orienta sobre como retornar aos treinos de forma segura, reduzindo o risco de lesões e priorizando a qualidade de vida.
De acordo com o docente, o ideal é iniciar com um aquecimento, usando movimentos semelhantes aos do esporte, como mobilidade articular, pequenos saltos, trote leve, rotações de ombro e ativação de glúteos e core. “Essa preparação aumenta a circulação, melhora a coordenação e deixa os músculos e as articulações mais prontos para o impacto. Antes de entrar no mar ou iniciar uma trilha, por exemplo, vale apostar em alongamentos dinâmicos e movimentos rápidos e funcionais capazes de despertar o corpo e reduzir o risco de lesões”, explica.
Algumas regiões do corpo apresentam mais problemas nessa época do ano, geralmente relacionados ao tipo de modalidade praticada. No beach tênis, vôlei ou tênis, por exemplo, é comum surgir dor nos braços, especialmente no ombro, devido aos movimentos repetitivos e gestos realizados acima da cabeça. “Entre os praticantes de corrida, principalmente na areia ou no asfalto, surgem muitas queixas nas pernas, incluindo a famosa canelite e as entorses de tornozelo. Cada atividade sobrecarrega grupos musculares de maneira distinta. Por isso, as lesões costumam acompanhar esse padrão”, aponta o profissional.
Segundo Thauan Ferro, alguns acessórios fazem diferença na prevenção, desde que estejam em boas condições e dentro da vida útil. “Um tênis adequado ao tipo de treino, roupas leves, meias confortáveis, a prancha correta para esportes aquáticos e até tornozeleiras de proteção podem melhorar significativamente a segurança e a performance. Não se trata de usar o acessório mais caro, mas aquele mais adequado ao seu corpo e à modalidade praticada”.
Há a possibilidade de alguns erros de postura ou movimentos corporais ocasionarem lesões. Para o fisioterapeuta, os mais comuns vêm da tentativa de se exercitar sem estar realmente preparado. “No vôlei, pode ocorrer falhas no gesto do saque. Na corrida na areia, uma postura muito inclinada costuma aumentar o impacto sem controle. Sempre reforço para escutar o corpo, pois ele dá sinais. Tenha atenção à alimentação, ao sono e à hidratação. Se estiver disposto, faça o treino com qualidade, não com pressa”.
Identificar uma lesão vai além de sentir incômodo, é preciso observar como surgiu e em que movimento ocorreu. Entender se houve torção, impacto, queda ou puxada ajuda a distinguir a dor muscular de algo real. Mesmo desconfortos leves merecem atenção para evitar agravamentos. “Após uma dor aguda durante a atividade, o primeiro passo é interromper o exercício imediatamente. Nas primeiras horas, use gelo, caso haja edema ou sinais de inflamação, e evite sobrecarregar a região. Observe a evolução por 24 a 48 horas. Se persistir ou piorar, é indicado procurar um fisioterapeuta”, enfatiza.
Em situações de lesões reais, a pessoa deve procurar atendimento fisioterapêutico o mais cedo possível para evitar a piora do quadro. “Uma avaliação imediata identifica o tipo de machucado, orienta o manejo correto, reduz complicações e acelera o retorno às atividades. O erro mais comum é esperar para ver se melhora. Em muitos casos, esse tempo perdido permite a evolução do quadro”, alerta Thauan Ferro, docente de Fisioterapia da UNINASSAU Maceió.
Ascom Uninassau Maceió