Não há a menor dúvida de que esta conquista para a capital pernambucana só aconteceu porque alguém (ou mais de um) trabalhou o projeto e pediu ao presidente Lula (pernambucano de nascença). É sobre isso que tenho teclado aqui, com frequência, mas até agora só consegui irritar alguns deputados e senadores aliados do poder.

Através das emendas dos 12 parlamentares alagoanos (3 senadores e 9 deputados federais), cada um com direito a cerca de R$ 17 milhões, mais R$ 400 milhões de bancada, não há a menor possibilidade para que as barragens saiam do papel. A única opção é: FALAR COM O PRESIDENTE! É aí onde os protagonistas não conseguem esconder o desleixo sobre esta fundamental obra para salvaguardar a vida de milhares de alagoanos.

Tenho a informação, direto da fonte, de que o senador Renan Calheiros destinou R$ 12 milhões, através de suas emendas, para refazer o projeto original, apresentado ao Governo de Alagoas em 2014, elaborado pelo escritório do experiente, testado e aprovado engenheiro Wellington Coimbra Lou. Ora, ora, ora... o projeto está orçado em pouco mais de R$ 1 bilhão. Para resolver com emenda é fantasia, só falando com o presidente da República. Daí uma pergunta: Tem coisa mais simples do que isso para os Renan’s e Arthur Lira, por exemplo? Mas os demais representantes do povo também têm a prerrogativa, afinal, estão lá pelo povo e pelo Estado.

Vale lembrar que o alagoano Isnaldo Bulhões é o relator do Orçamento Geral da União. O dinheiro do orçamento federal para 2026, deve girar em torno de R$ 6,7 trilhões. Isnaldinho, sertanejo que recebeu votos em todos os municípios do Estado, conhece bem a realidade. Ele também pode, pelo prestígio deste momento, puxar a sardinha para Alagoas, que já tem um débito bilionário junto ao Governo Federal.

Recife conseguiu e Lula já assinou a liberação de R$ 4 bilhões para a aquisição de 18 novos trens e quatro novos veículos leves sobre trilhos (VLTs). E veja o que disse o presidente: “A gente quer garantir o direito do povo de levantar de manhã e encontrar um transporte bom para ir trabalhar. O direito de sair de uma empresa à tarde e voltar para casa para cuidar da família num transporte de qualidade é sagrado”. Compare com a realidade de quem mora em cidades ribeirinhas, constantemente castigadas pelas enchentes.

PS.: Se até a vinda do presidente da República ninguém falar com ele, eu vou falar na coletiva à imprensa, como cidadão (mas com o acesso através da credencial de jornalista).

O não... já temos.

Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura (ou transborda) - AMÉM!