Ex- campeões dos Jogos Estudantis Escolares brilham no esporte

Ana Paula Lins
A edição 2016 dos Jogos Estudantis de Alagoas (Jeal) terá sua abertura oficial nesta segunda-feira (dia 1º), no Ginásio do CDR, no Cepa. Maior evento do desporto escolar alagoano, os Jogos são esperados o ano inteiro por jovens atletas em busca da glória no esporte. Nesta matéria, contaremos a trajetória de três ex-campeões do Jeal que hoje brilham fora do Estado e até no exterior.
O exemplo mais famoso é o ponteiro Maurício Borges, convocado para integrar a seleção masculina de voleibol nas Olimpíadas Rio 2016. Borges, que hoje atua na Turquia, deu seus primeiros passos no voleibol no Colégio Marista, onde foi campeão do Jeal no início dos anos 2000.
Também pelo Marista, ele conquistou o bicampeonato da Olimpíada Marista Brasil Norte nos anos de 2001 e 2004. Inspirado pela mãe Marilda e pelo irmão mais velho Everthon, Maurício ainda brilhou no CRB, onde foi bronze na competição infanto-juvenil, disputada em Maceió no ano de 2005, e na seleção alagoana, que o convocou nove vezes.
Seu técnico à época, Caetano Rocha, que atualmente atua no CRB e na Federação Alagoana de Vôlei, destaca a importância do Jeal na formação de alunos /atletas. “O Jeal, como todas as competições esportivas, é importante na formação integral do aluno/atleta, visto que o esporte auxilia no desenvolvimento do ser, ensinando-o a conviver em conjunto, ganhar, perder, respeitar o adversário e, principalmente, a ter disciplina”, diz Caetano que, ao longo de sua trajetória, treinou mais de 850 atletas no masculino e feminino.
Em busca do sonho – Seguindo o exemplo de Maurício, outros jovens alagoanos também buscaram seu sonho de conquistas no esporte e já brilham fora do Estado. É o caso de Matheus Celestino e Gabriel Rocha.
Campeão do voleibol masculino juvenil no ano passado, Matheus e seus companheiros do Colégio Monsenhor Luiz Barbosa quebraram um jejum histórico do vôlei masculino alagoano, quando, também em 2015, foram bronze no juvenil masculino nos Jogos Escolares da Juventude (JEJ) em Londrina (PR). Até então, havia nove anos que Alagoas não conquistava uma medalha na competição. Na ocasião, Matheus foi o maior pontuador da equipe na final.
Desde janeiro deste ano, Matheus atua no time sub 19 do Mauá, uma das equipes mais fortes do interior de São Paulo. E já coleciona títulos, dentre eles, o ouro nos Jogos Regionais e o terceiro lugar nos Jogos da Juventude. “O Jeal é um incentivo para todos os jovens que querem uma carreira profissional, pois é a porta de entrada para os Jogos Escolares da Juventude, onde se encontram vários olheiros”, afirma Matheus.
Segunda família - De família humilde do Jacintinho, Gabriel Rocha deu seus primeiros passos no judô, no projeto da Escola Estadual Theonilo Gama, coordenado pelo professor Ricardo Sérgio Santos. Defendendo as cores da escola, foi tricampeão do Jeal e medalha de bronze nos Jogos Escolares da Juventude em 2009. Após a conquista nos Jogos, passou a receber o benefício do Bolsa Atleta, o que permitiu que viajasse para mais competições e, dois anos depois, obteve outro bronze no Brasileiro de Judô.
Desde que saiu de Alagoas, passou por três equipes: Associação Bushidô, de São Paulo, comandada pelo judoca Mario Sabino, ouro nos Jogos Pan Americanos de 2003 e um dos dirigentes da comissão técnica da seleção brasileira; Minas Tênis Clube e Clube de Regatas Flamengo, onde treina atualmente em busca de uma vaga na seleção brasileira. Em julho, competindo pelo Flamengo, obteve mais um bronze na Copa Minas, um dos maiores eventos do judô brasileiro.
Do Rio de Janeiro, Gabriel ainda mantém contato com os amigos da Theonilo Gama, a quem considera sua segunda família. “O Jeal foi muito importante para mim, pois alavancou a minha carreira e me permitiu viajar para a minha primeira competição nacional. Mesmo longe, sempre acompanho os resultados da Theonilo Gama, cujo projeto de judô, além de revelar muitos talentos, é uma influência positiva na vida de muitas crianças e adolescentes do Jacintinho. Tudo conduzido com muito amor pelo sensei Ricardo Sérgio, a quem considero como um pai”, revelou Gabriel, que é acadêmico do curso de Educação Física da Faculdade Estácio no Rio de Janeiro.
Ascom SEE