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Juíza Carolina Valões debate diversidade de gênero com 220 estudantes da rede pública

"Não basta sobreviver: é preciso viver com dignidade" ressalta a juiza Carolina Valões em palestra sobre diversidade de gênero para estudantes da rede pública. | Filipe Norberto - Ascom/Esmal

“O conhecimento é uma arma muito importante contra o preconceito”. Foi dessa maneira que Paulo Daniel, aluno do 1º ano da Escola Estadual Edmilson Pontes destacou o aprendizado que levará consigo da palestra “Diversidade de gênero e direitos fundamentais”, promovida, nesta segunda-feira (8), no Pleno do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL) pelo Programa Cidadania e Justiça na Escola (PCJE). A atividade foi ministrada pela juíza Carolina Valões, coordenadora do programa.

Paulo Daniel é um dos 220 alunos que participaram da ação, que teve como objetivo reafirmar a garantia de direitos fundamentais e incentivar o respeito às diferenças. Ele afirmou ainda que a conscientização acerca dos direitos da comunidade LGBTQIAPN+ é um passo importante para as futuras gerações.

“A comunidade ainda é muito subjugada, e o preconceito continua bastante presente na nossa sociedade. Por isso, é importante que esses conteúdos, vindos de diferentes experiências e vivências, sejam transmitidos ao público mais jovem. Assim, no futuro, esse preconceito que existe contra essas comunidades pode ir diminuindo pouco a pouco” ressaltou o estudante.



Ação do Programa Cidadania e Justiça na Escola (PCJE) destacou, no Pleno do TJAL, a necessidade de enfrentar o preconceito e valorizar o respeito às diferenças. Foto: Filipe Norberto - Ascom/Esmal

Carolina Valões explicou que a proximidade dos alunos com o tema é um diferencial na abordagem da palestra. Para ela, a proposta vai além de ensinar apenas conceitos, mas incentivar atitudes de respeito.

“Trabalhamos a diferença entre sexo biológico, orientação sexual e identidade de gênero, mas o mais importante é estimular a valorização das diferenças. A escola, como espaço de aprendizado, deve formar cidadãos conscientes de que não podemos permitir que pessoas sejam violentadas ou excluídas por serem quem são”, pontuou a magistrada.

A coordenadora do PCJE reforçou que compreender as opressões nascidas da heteronormatividade é essencial para que os direitos constitucionais sejam vividos na prática.

“Nosso papel, portanto, é reforçar que todos têm direito à segurança, à liberdade de expressão e, sobretudo, a uma vida digna. Não basta sobreviver: é preciso viver com dignidade. Afinal, a dignidade da pessoa humana é a base da nossa sociedade”, apontou Carolina Valões.

Para Lucas Emanuel, aluno da Escola Estadual Princesa Isabel, a atividade ajuda os jovens a se posicionarem contra injustiças.

“É importante que as pessoas aprendam a dar apoio, a não ficarem caladas diante de atos de preconceito. O debate ensina a se posicionar, a falar e a não se calar diante das injustiças,” disse o estudante.

Participaram da ação as seguintes escolas parceiras do PCJE:

Rede municipal - Antídio Vieira e Haroldo da Costa.

Rede estadual - Edmilson Pontes, Princesa Isabel e Centro Cyro Accioly.


Ascom Esmal