Mostra Competitiva do Festival Revoada de Cinema começa dia 1º de outubro

De 01 a 4 de outubro, Maceió será tomada pelo cinema do Brasil e do mundo. A 3ª edição do Festival Revoada de Cinema — agora consolidado como Festival Internacional de Cinema de Maceió — exibe 8 curtas-metragens, 5 longas e 3 curtas da Mostra com as Escolas, reunindo olhares diversos que atravessam fronteiras e refletem as transformações do nosso tempo.
Criado em 2022 como Festival das Periferias de Maceió, o Revoada nasceu próximo às comunidades, levando cinema, oficinas, conferências e música. Em 2024, deu um passo marcante ao se aproximar das escolas, reunindo mais de 1.800 estudantes no Centro Cultural Arte Pajuçara.
Em 2025, o festival amplia horizontes, assumindo caráter internacional e propondo uma reflexão provocadora: “quais são as criaturas que hoje nos assombram, que precisamos proteger, enfrentar ou nos tornamos?”.
A curadoria deste ano escolheu a árvore como símbolo de resistência, reverência e memória — uma criatura urbana em risco diante do concreto, mas que insiste em fincar raízes e lançar novos galhos, assim como o próprio cinema produzido nas margens.
Mostra Competitiva de Curtas-metragens
Os oito curtas selecionados exploram universos distintos, indo da poesia cotidiana às narrativas de resistência ancestral. São eles: “Praia das Artistas”, de Rosy Nascimento (RN), sobre amizade e refúgio no mar; “Fenda”, de Lis Paim, sobre uma cientista botânica que vive apartada de suas raízes; “Mais Um Dia”, de Vinícius Silva, um filme do Acre, da artista Leonora Maia, na Amazônia, que cria artesanato com folhas de gameleira de látex; “O Mapa em que Estão Meus Pés”, de Luciano Pedro Jr., uma metáfora afetiva sobre raízes e pertencimento;
“Mensagem de Sergipe” , de Fábio Rogério e Jean-Claude Bernardet, o curta aborda a história de um velho cansado da vida; “Era Uma Vez Diversiones”, de Henrique Arruda e Sharlene Esse, o enredo é baseado em fatos reais sobre o revolucionário grupo teatral que modificou o fazer artístico da cidade de Olinda nos anos 70; “Akaîutĩ”, que resgata a ciência viva e a resistência do povo Mendonça Potiguara; e “Como Nasce um Rio”, de Luma Flôres, sobre aborda de maneira poética e onírica, o processo de autodescoberta sexual e aceitação dos seus desejos.
Mostra Competitiva de Longas-metragens
A seleção de cinco longas traz obras brasileiras e internacionais. Entre os destaques, “Morte e Vida Madalena”, de Guto Parente (CE), que mistura luto, maternidade e ficção científica; “Cais”, primeiro longa da baiana Safira Moreira, uma viagem íntima por rios de memória e ancestralidade; e “A Natureza das Coisas Invisíveis”, de Rafaela Camelo (DF), delicado retrato da amizade e da descoberta na infância. A programação ainda conta com o chinês “A Land With No Ceremony”, de Yang Bichun, e o dominicano “La Bachata de Biónico”, que mergulha em uma história de amor e sobrevivência.
Mostra com as Escolas (não competitiva)
Seguindo a proposta de formação de público, o Revoada mantém sua ponte com a rede pública de ensino. Este ano, três curtas-metragens integram a Mostra com as Escolas, que vai reunir novamente centenas de estudantes no Arte Pajuçara. Produções como “Tiramisú”, de Leônidas Oliveira (CE), e “Na Volta Eu Te Encontro”, de Urânia Munzanzu (BA), prometem provocar reflexões e despertar novos olhares sobre o cinema e a sociedade.
Serviço
Datas: De 01 a 04 de outubro de 2025
Local: Centro Cultural Arte Pajuçara
Entrada gratuita
Assessoria