Camilla Cahet

Quando foi criada, a Secretaria de Estado da Mulher de Alagoas (Semu) estabeleceu como meta o fortalecimento das políticas públicas para as mulheres. Para tornar isso possível, a secretária Marília Albuquerque iniciou, em novembro, uma agenda de visitas técnicas em todos os municípios alagoanos que possuem órgãos com esta finalidade.

“Estar nos municípios, ouvir as gestoras e, principalmente, as mulheres que vivem nesses territórios é fundamental para que as políticas públicas não fiquem distantes da realidade. É a partir dessa escuta que conseguimos construir ações mais eficazes e transformadoras, alinhadas às realidades locais”, destacou.

Entre novembro e dezembro, a secretária Marília Albuquerque e a equipe de trabalho já visitaram 12 municípios: Junqueiro, Piaçabuçu, Penedo, Campo Alegre, São Miguel dos Campos, Carneiros, Olivença, Santana do Ipanema, Piranhas, Olho D’Água do Casado, Palmeira dos Índios e Belém.

Durante os encontros, a equipe da Semu dialogou com gestoras municipais, técnicas e representantes locais, colocando-se à disposição para contribuir com apoio técnico, orientações para a estruturação das políticas públicas de gênero, fortalecimento da rede de proteção às mulheres e integração das ações municipais às diretrizes estaduais.

A escuta ativa das demandas permitiu identificar necessidades comuns, como a ampliação de serviços especializados, a qualificação das equipes, o enfrentamento à violência contra as mulheres e o incentivo à autonomia econômica feminina.

Conferências e consulta pública

O ano de 2025 também foi marcado pela Conferência Estadual de Políticas para as Mulheres, além da participação da delegação alagoana na Conferência Nacional. Os eventos contaram com a participação de representantes do poder público e da sociedade civil, garantindo que as mulheres pudessem debater, propor e deliberar sobre prioridades para as políticas públicas de gênero.

As conferências contribuem diretamente para a formulação de políticas que impactam áreas como saúde, segurança, trabalho, renda e enfrentamento à violência.

Ainda no âmbito da participação social, a Semu promoveu uma consulta pública on-line e presencial para a construção dos editais de fomento previstos para 2026. A iniciativa possibilitou que mulheres, coletivos e organizações da sociedade civil contribuíssem com sugestões e apontamentos, assegurando que os recursos públicos sejam direcionados a ações alinhadas às demandas reais dos territórios.

“Quando planejamos políticas públicas com a participação das mulheres, ampliamos o alcance das ações e fortalecemos iniciativas que promovem autonomia, igualdade e proteção de direitos”, afirmou Marília Albuquerque.