Para a alegria do futebol nordestino, o Fortaleza fez história na noite de ontem e garantiu vaga nas semis da Copa Sul-Americana ao vencer o América (MG) por 2 a 1. O Tricolor se torna o primeiro da região a alcançar a uma etapa tão decisiva de uma competição continental.
Qual o segredo do Fortaleza? Até outro dia, estava decidindo com o CSA a Série C do Campeonato Brasileiro, e hoje vem se transformando em uma das equipes mais importantes da América do Sul.
Para mim, a resposta é muito simples: O Fortaleza descobriu a simplicidade de que investimento no futebol profissional gera mais dinheiro, e mais dinheiro gera mais capacidade de investir no futebol profissional. É uma máquina que se auto retroalimenta!
Não existe nenhuma fórmula mágica, nenhum projeto inovador e diferenciado na forma de fazer futebol. Em 2018, o Fortaleza deu o primeiro tiro certeiro ao contratar Rogério Ceni como treinador da equipe. Ali ficou claro que a equipe cearense iria fazer investimentos pesados em seu time profissional, afinal de contas um nome com esse peso não iria entrar um projeto que não fosse vencedor e, sobretudo, emprestar o seu nome para comandar um time de jovens ou liderar um projeto que fosse dá frutos em 4 anos, Ceni é um vencedor e precisaria de um elenco para tal para fazer o que ele fez: colocou o Fortaleza na Série A e conquistou a Copa da Nordeste.
Ao sentir o gosto de quanto se fatura quando você ganha em nosso futebol, o Fortaleza rapidamente calculou que para ganhar mais, precisaria investir mais no elenco. E desde então vem sendo assim, a equipe conseguiu se manter na Série A, vem sempre chegando em fases avançadas da Copa do Brasil e passou a ser figura presente em competições Sul-Americanas.
Quanto mais o Fortaleza arrecada, mais investe no futebol. Compra o Marinho do Flamengo, tira o centroavante titular do Colo-Colo e contrata o principal driblador do futebol argentino nas estatísticas desta temporada. Quanto jogadores da base nessa caminhada? Acho que nenhum.
Você pode estar pensando, Boroni como você é contra o futebol de base. De forma alguma, tenho convicção que investir na base é dar oportunidade aos jovens do nosso estado poder sonhar com a carreira de jogador profissional, retribui o investimento que os governos estadual e municipal fazem ao patrocinar nossos clubes e quem sabe, aí um paciente quem sabe, conseguimos manter um talento que renda uma grande venda.
Investir na base é importante. Mas, com o dinheiro que precisa ser investido para chegar e sobretudo se manter nas principais divisões do nosso futebol, o que eu acredito mesmo é na “simplicidade” do segredo que o Fortaleza descobriu: quanto mais ele investe no futebol profissional, mas dinheiro ele ganha. É um entendimento perfeito do tamanho dele, pois não ousa querer dividir mercado com Flamengo ou Palmeiras no futebol de base, afinal de contas, para um jogador da nossa região conseguir o que os clubes do Sudeste conseguem em um Endrick, por exemplo.
E sem inventar a roda, o Fortaleza vai mostrando como competir. O exemplo está aí do lado, segue quem quiser!
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