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Maceió/Al, 04 de maio de 2024

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24/04/2024 às 15:37

Resultado da campanha de vacinação contra Febre Aftosa preocupa servidores da ADEAL

Alagoas está na condição livre da Febre Aftosa com vacinação, necessitando vacinar o rebanho bovino e bubalino nos meses de maio e novembro. Desde 2017, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) apresentou aos estados as exigências do Plano estratégico para a retirada da vacinação contra Aftosa (PE-PNEFA). O plano possui objetivos muito bem definidos e deveriam ser cumpridos para alcançar a suspensão da vacinação contra a doença, por isso, o Sindicato dos Servidores de Fiscalização Estadual Agropecuária de Alagoas (Sinfeagro), entidade que representa os servidores da Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas (ADEAL), demonstrou preocupação com os possíveis resultados da campanha em Alagoas.

De acordo com a diretoria do sindicato, a maioria dos estados brasileiros cumpriu com seu papel, realizando em abril a última campanha de vacinação contra a Febre Aftosa, e a partir do dia 2 de maio de 2024 estarão considerados como livres da Febre Aftosa sem a necessidade da vacinação de seus rebanhos. Por não terem cumprido com as exigências acordadas, foram excluídos os Estados de AL, PE, PB, RN e CE.

"Em uma articulação política entre os cinco estados que ficaram de fora, o Mapa ofereceu uma concessão onde os cinco estados devem cumprir, em poucos dias, compromissos que não conseguiram fazer desde 2017. Dentre estes compromissos foi concedida a oportunidade de anteciparem, de forma açodada, a primeira etapa de vacinação contra a febre aftosa de 2024, para o mês de abril em curso, com apenas quinze dias para a realização da vacinação em todos os rebanhos nos cinco Estados", explicou o presidente do Sinfeagro, Dr. Otto Cabral Portela.

Ele reforçou ainda que a realização de uma campanha de vacinação necessita de todo um planejamento, que deve iniciar desde a pré-campanha, definindo o que deve ser executado: previsão da quantidade necessária de doses, disponibilidade dessas, realização de reuniões envolvendo os diversos atores (setor privado, produtores, associações, equipe técnica, etc.). Tudo é realizado com bastante antecedência, além das necessárias campanhas publicitárias de divulgação. "Uma campanha de vacinação se iniciou ao término da anterior. Nenhum planejamento prévio foi realizado e os pecuaristas de Alagoas foram pegos de surpresa com a notícia de que a Adeal havia recebido o pior resultado dentre todas as auditorias do MAPA em toda a sua história".

Ainda segundo o Sinfeagro, os servidores da ADEAL possuem excelente capacidade técnica reconhecida pelo MAPA e por outros estados, e, mesmo com esse desarranjo na gestão técnica dos últimos dois anos, somado à deficiência de recursos humanos – depois do único concurso em 2008, a Adeal passou de 367 servidores, para apenas 132 atualmente, além de uma estrutura sucateada e deficiente, estamos todos os servidores da Defesa e Inspeção Agropecuária fortemente engajados na obtenção dos necessários índices vacinais exigidos pelo Mapa.

"A realidade se impõe a reboque de todo esse cenário de sucateamento e, com ela, a iminente possibilidade de fracasso de uma campanha realizada às pressas e sem qualquer planejamento. Os servidores vêm avisando sobre as implicações do descumprimento do PE-PNEFA e de demais demandas necessárias a ADEAL rotineiramente apontadas nos diversos relatórios de auditorias já apresentados, sendo nós, servidores, nunca ouvidos", concluiu o presidente.

Fonte: Assessoria 

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