Luciano Nascimento
O governador de Alagoas, Renan Filho, disse nesta quita-feira (18) que um acordo para a privatização da Companhia Energética de Alagoas (Ceal) depende do ressarcimento de débitos da União com o estado. A Ceal, que pertencia ao estado e foi federalizada e assumida pela Eletrobras em 1998, está entre as distribuidoras que a empresa quer vender. Entretanto, a pedido do governo de Alagoas, uma decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski suspendeu a privatização da Ceal.
Renan Filho conversou, nesta quinta-feira, com o ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, sobre um possível acordo para resolver a disputa judicial. Segundo o governador, a União deveria ter pago R$ 150 milhões ao estado de Alagoas em valores de 1998. Renan Filho disse ainda que a disputa não é contra a venda da empresa.
Segundo o governador, diante do impasse, é preciso aguardar a decisão do STF. "Quando judicializa, é porque chegamos a um ponto em que havia necessidade do arbitramento exercido pelo Poder Judiciário", afirmou Renan Filho. Ele acrescentou que, proporcionalmente, Alagoas é o estado mais endividado do país, apesar de seu governo ter sido "o que mais reduziu o endividamento na história recente do estado", afirmou.
O contrato de designação da Eletrobras como operadora temporária da Ceal termina em 31 dezembro. Ao decidir pela privatização das distribuidoras, a assembleia de acionistas da Eletrobras resolveu que as distribuidoras que não forem vendidas até o fim do ano devem ser liquidadas.
Questionado se o impedimento da venda da distribuidora poderia acarretar problemas no fornecimento de energia, Renan Filho disse que a questão tem que ser resolvida pelo governo. “O governo federal vai ter que dar um jeito de oferecer, de fornecer energia a todos os estados que têm companhias federalizadas. Então, não estou com essa responsabilidade de dizer o que vai ocorrer.”
Fonte: EBC
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