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Ações de arborização na Josepha de Mello. Foto: Ascom Semds

As ações da Prefeitura de Maceió no contexto ambiental vão além da proteção da fauna e da flora. Na capital, o trabalho da gestão é amplo e nesta terça-feira (05), Dia Mundial do Meio Ambiente, os benefícios se destacam quando o assunto é a atuação do poder público municipal na promoção da sustentabilidade. Educação ambiental, arborização, iluminação em LED, reflorestamento de áreas degradas, reciclagem e coleta seletiva estão entre ações que, de forma integrada, colaboram para uma cidade mais verde e ecologicamente correta.

Neste sentido, grande parte das ações é coordenada pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Sustentável (Semds). Em relação à proteção ambiental, a preservação da fauna e da flora se destaca por meio do trabalho realizado no Parque Municipal de Maceió. A reserva fica localizada no bairro de Bebedouro e, além proteger o meio ambiente, é um espaço propício à prática de atividades físicas e de educação ambiental. Lá, a Semds tem realizado melhorias, como a revitalização e adequação de áreas voltadas aos visitantes de forma que preserve a reserva da Mata Atlântica.

Trilha No Parque Municipal. Fotos: Marco Antônio/ Secom Maceió

“O nosso objetivo é realizar ações que promovam a preservação ambiental, de forma que o trabalho não seja somente no contexto ecológico, mas que una os três pilares da sustentabilidade: o social, o ambiental e o econômico. Temos feito um grande trabalho, focando na educação ambiental e com intervenções que incentivem a população a colaborar com os cuidados da cidade, que nos ajudem a deixar Maceió mais verde, Mais Sustentável”, afirma o titular da Semds, Gustavo Acioli Torres.

Para ampliar o verde nas diversas regiões da cidade, a pasta realiza serviços de arborização de forma ampla e constante, trabalho que resultou no plantio de cerca de 40 mil árvores nos últimos cinco anos. Para reforçar as ações deste tipo, a Semds ainda realiza a doação de exemplares nativos da Mata Atlântica por meio do projeto Planta Maceió, que doa mudas aos maceioenses em ações itinerantes e incentiva a arborização com a ajuda da população. A doação de mudas também acontece no Parque Municipal, onde cada cidadão pode pegar até duas mudas.

Crianças da Escola Municipal Eulina Alencar colaboram com a arborização na Praça do Mirante do Jacintinho

Nos espaços públicos, a Semds tem priorizado as ações que contem com a participação das comunidades. Neste sentido, o destaque é para a criação das hortas e pomares urbanos, que foram criadas em regiões antes ocupadas irregularmente pelo descarte de lixo. Hoje, onde havia resíduos domiciliares brotam frutos e legumes, como nos conjuntos Nascente do Sol, Santa Maria e Santa Lúcia.

Em março deste ano, a Secretaria iniciou o trabalho de reflorestamento na área do antigo lixão de Maceió, localizado no bairro de Cruz das Almas. A ação, que acontece em parceria com a Cooperativa de Recicladores de Lixo Urbano de Maceió (Cooplum), tem o objetivo de plantar aproximadamente 500 mudas na região.

Plantio de árvores no antigo lixão. Foto: Marco Antônio

A área, que durante 40 anos recebeu todo o lixo da cidade de Maceió, após a fase de reflorestamento e revitalização, vai se tornar em um parque. No local, já foram plantadas árvores de grande porte, a exemplo de ipês, eucalipto e pau-brasil, trabalho que marca a primeira etapa da recuperação ambiental da localidade.

Além de se tratar de um trabalho de educação ambiental, os benefícios ambientais gerados a partir do plantio colaboram com a preservação e a recuperação dos ecossistemas degradados, controla a erosão do solo e previne deslizamentos de terra, force abrigo e alimentação para os animais, retém os poluentes da atmosfera, reduz o processo de aquecimento global, ajuda a controlar a temperatura, alem contemplar o embelezamento da paisagem e reduzir a poluição acústica da cidade.

Outro destaque é a utilização de materiais sustentáveis em áreas de lazer e espaços de convívio social, como a construção dos parques infantis da Pajucara e Ponta Verde com madeiras proveniente de reflorestamento, além do Mirante Sustentável do Murilópolis, que foi estruturado com eucalipto e madeiras de dormentes que eram utilizados em ferrovias.

Na preservação ambiental e sustentabilidade, a ação de outras pastas também somam ao trabalho realizado pela Semds, como a coleta seletiva implantada pela Superintendência Municipal de Limpeza Urbana (Slum), a implantação de iluminação em LED pela Superintendência de Iluminação Pública (Sima) e a reciclagem de asfalto pela Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminfra). Confira:

Ecoponto e Ponto Vivo

Ecopontos são espaços ambientalmente corretos para o descarte de pequenos e específicos volumes de resíduos. A Prefeitura, por meio da Superintendência Municipal de Limpeza Urbana (Slum), instala esses espaços em locais que registram grande quantidade de descarte irregular e apresentam pontos crônicos de lixo.

Em Maceió, existem três ecopontos prontos (Pajuçara, Dique Estrada e Sururu de Capote). Juntos, o da Pajuçara e o do Dique Estrada recebem, em média, 90 toneladas de resíduos por dia, de pequenos volumes (até 1 metro cúbico) de resíduos de construção civil, restos de poda e material inservível e volumoso, e o Ecoponto Sururu de Capote, que foi construído na beira da lagoa para receber exclusivamente a casca do molusco.

Ecoponto da Pajuçara. Foto: Marco Antônio

O descarte é feito no Aterro Sanitário de Maceió e o material proveniente de construção civil é transformado em base para asfalto. Está em fase de finalização um ecoponto no Mercado da Produção que receberá resíduos orgânicos. Além desse, no início deste ano, a fiscalização da Slum garantiu a construção de mais um ecoponto na Santa Lúcia.

Já o projeto Ponto Vivo é uma parceria com a empresa terceirizada Viva Ambiental. Uma estratégia que visa recuperar e isolar áreas onde a população utilizava para descartar resíduos, entre restos de materiais da construção civil e lixo domiciliar. O projeto consiste em recuperar a área, incluindo o plantio de mudas, o isolamento do espaço com pneus e limpeza do terreno.

Com a sua execução aliada à educação ambiental, até o ano de 2017, foi possível trabalhar 163 pontos de resíduos. Dentre os Pontos Vivos trabalhados, 148 (91%) estão ativos e 15 (9%) foram desativados por motivos diversos, como construções nos locais atendidos.

Coleta seletiva

Há um ano, a Prefeitura de Maceió contratou quatro cooperativas de catadores para a implantação da coleta seletiva porta a porta. A contratação foi resultado de um processo pioneiro e que se tornou referência no Brasil. Com a ação, o número de cooperados aumentou e a renda de cada cooperativa também.

Coleta seletiva acontece em bairros de Maceió. Foto: Arquivo

Atualmente são atendidas 18 mil residências, em nove bairros. A meta da Prefeitura é aumentar esse número nos próximos anos, pois 40% do lixo domiciliar que vai para o aterro sanitário poderia ser reciclado.

Os bairros que ainda não são atendidos com a coleta porta a porta receberão Pontos de Entrega Voluntária (PEVs) de material reciclável. A Prefeitura já instalou PEVs na Praça do Centenário, no Farol; na Praça Genésio de Carvalho, na Gruta; na Praça da Faculdade, no Trapiche; na orla da praia de Ponta Verde; no Terminal do Graciliano Ramos; na Praça do Colégio Atheneu, no Salvador Lyra; na Praça Lucena Maranhão, em Bebedouro; em Guaxuma, na Praça do Conjunto Gurguri, e no Feitosa, na Praça Nossa Senhora de Fátima.

Iluminação 

Em 2016, a Prefeitura de Maceió, por meio da Superintendência Municipal de Energia e Iluminação Pública (Sima), começou a instalar luminárias de LED em várias localidades da capital. O projeto Ilumina Maceió pretende implantar, em cinco anos, a tecnologia em todas as mais de 71 mil luminárias da capital alagoana.

Iluminação em LED na Comunidade Piabas. Foto: Max Monteiro/ Secom Maceió

Mais segura, econômica e com uma iluminação maior, a cidade conta, hoje, com mais de 4.500 lâmpadas espalhadas por vários bairros. Elas duram no mínimo 25 mil horas e é possível reaproveitar 98% da lâmpada a ser descartada. Por ser luz fria (não possui radiação infravermelha e violeta) não atrai insetos.

Segundo o superintendente da Sima, Frederico Lins, o meio ambiente sempre foi uma preocupação da Prefeitura. “Nós garantimos esse respeito com a instalação do LED, que não é danoso para a natureza, é mais econômico e ilumina muito mais. Nos próximos anos, pretendemos trocar todas as lâmpadas da cidade por LED, transformando Maceió na capital mais iluminada e ecologicamente correta do Brasil”, disse.

Secom Maceió