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02/01/2017 às 08:50

Dados da Slum apontam melhorias na limpeza de Maceió

Coleta seletiva beneficia cooperativas de catadores. Foto: Ascom Slum Coleta seletiva beneficia cooperativas de catadores. Foto: Ascom Slum

Lucas Alcântara

Com um trabalho alinhado entre ações operacionais, estratégicas e de fiscalização, a Superintendência Municipal de Limpeza Urbana de Maceió (Slum) criou um novo cenário na gestão de resíduos da capital durante os últimos quatro anos. Seguindo a política adotada pela Prefeitura, de criar iniciativas para melhoria dos serviços à população, a Slum priorizou o fortalecimento das ações já existentes e também criou projetos inovadores, o que permitiu ao órgão qualificar e aperfeiçoar o trabalho realizado diariamente na cidade.

A partir do início da gestão do prefeito Rui Palmeira, uma das ações significativas executadas pela Slum foi o fortalecimento da política de reciclagem em Maceió com a implantação da coleta seletiva. Isto se tornou possível após a entrega do primeiro galpão de triagem de resíduos sólidos da capital, inaugurado em 2014 no complexo habitacional Benedito Bentes. Foi nesta comunidade onde a Prefeitura instituiu o projeto piloto de coleta seletiva porta a porta por meio da parceria com a Cooprel, gerando renda e promovendo a inclusão de catadores.

“Para o início da coleta seletiva no Benedito Bentes, a Slum realizou um amplo trabalho de educação ambiental e realizou o cadastro dos moradores de 13 regiões do bairro. Houve também a qualificação para os catadores, que hoje trabalham de forma adequada e têm uma renda melhor. Continuamos agora no processo de ampliação da coleta seletiva com a elaboração da chamada pública para a contratação de cooperativas de catadores, cujo edital será lançado em breve e permitirá a ampliação para até 60 mil imóveis nos próximos quatro anos”, explicou o titular da Slum, David Maia.

Superintendente da Slum, David Maia. Foto: Pei Fon/ Secom Maceió

Superintendente da Slum, David Maia. Foto: Pei Fon/ Secom Maceió

O edital vem sendo ajustado de acordo com as solicitações das cooperativas e está sendo acompanhado diretamente pela chefia do Ministério Público do Trabalho em Alagoas. Com a contratação, segundo reforça David Maia, as cooperativas vão receber pelo trabalho que executam na cidade, sendo remuneradas por residência atendida. “Durante todos esses anos, o que houve foi uma política de assistencialismo às cooperativas. Agora elas serão reconhecidas devidamente pelo trabalho que executam e vão ter uma estrutura melhor, prestando um serviço de qualidade para Maceió”, acrescenta o gestor.

Gestão estratégica

No eixo estratégico, o destaque foi a criação do projeto Varre Grota, uma iniciativa inspirada em um projeto de São Paulo que mudou a realidade das Comunidades Santo Onofre, São Rafael e Loteamento Ipanema, no bairro Jacintinho. Nestes locais, o cenário de quatro anos atrás era de sujeira e poluição decorrente do descarte inadequado de lixo feito pela população. Hoje a situação é completamente diferente, os ambientes são limpos, e isso foi possível a partir da integração dos moradores no processo de limpeza. Com o sucesso da implantação do projeto, a Slum agora viabiliza a ampliação do Varre Grota para outros locais.

O Projeto Varre Grota comemora resultados em comunidades. Foto: Pei Fon/ Secom Maceió

O Projeto Varre Grota comemora resultados em comunidades. Foto: Pei Fon/ Secom Maceió

David Maia também ressalta a ampliação do projeto Gari Comunitário. “Esta é uma importante iniciativa que, além de melhorar a limpeza, gera renda e nova oportunidade de vida aos trabalhadores. O Gari Comunitário é um agente de limpeza contratado para trabalhar na própria comunidade onde vive e que faz a coleta porta a porta em locais de difícil acesso. Hoje temos 62 garis contratados neste projeto, beneficiando diversas regiões da capital, e a nossa pretensão é ampliar conforme a necessidade”, explica o superintendente.

Outra ação estratégica de destaque foi a entrega do primeiro Ecoponto de Maceió, construído no bairro de Pajuçara. Com as portas abertas para o recebimento de resíduos de construção civil, poda e material volumoso e inservível, o equipamento apresenta bons resultados desde que passou a operar em 2014. O Ecoponto minimizou o descarte inadequado em vias, terrenos e esquinas em sua área de abrangência, que envolve também os bairros Ponta da Terra e Ponta Verde.

Ecoponto na Pajuçara. Foto: Ascom Slum

Ecoponto na Pajuçara. Foto: Ascom Slum

Com o mesmo objetivo, a Slum iniciou neste ano a construção de um ponto de coleta no bairro Vergel, na região conhecida como Dique Estrada. “Esse Ecoponto será exclusivo para o recolhimento da casca de sururu, que é um resíduo descartado em grande quantidade em via pública. Nesse ponto, que está em fase de conclusão da obra, executaremos um projeto pioneiro e inovador: vamos tratar a casca do marisco e transformaremos um pó para enriquecimento do solo. Este material vai ser utilizado em parques e áreas verde de Maceió, será distribuído também para produtores da agricultura familiar e em breve poderá ser comercializado pelos catadores”, esclarece David Maia.

Para qualificar e aperfeiçoar a prestação de serviços à população, a Slum implantou também em 2016 a Central de Monitoramento, que passou a monitorar em tempo real os carros de coleta nas ruas da capital. Desta forma, o órgão assegura que a limpeza seja realizada no dia previsto e evita que a coleta deixe de ser realiza em qualquer região, já que os veículos são acompanhados por GPS em telas disponibilizadas na superintendência.

Com a Central, a Slum também mudou o número do Disque Limpeza – passando de 3315-2600 para 0800 082 2600 – e disponibilizou à população um novo serviço: o de coleta de lixo volumoso. Agora, basta o cidadão entrar em contato por telefone e solicitar o recolhimento de móveis, eletrodomésticos e outros utensílios que não têm mais utilidade no lar. “Este tipo de resíduo é facilmente encontrado em ponto de lixo e até nos canais de nossa cidade. Para mudar esta realidade, lançamos o serviço completamente gratuito e que é realizado com dia e hora marcada, com a coleta na porta do cidadão”, diz o superintendente.

O trabalho da Slum do ponto de vista estratégico também engloba ações de educação ambiental. Neste sentido, o órgão integrou iniciativas importantes, como o projeto Escola Alerta – coordenado pela Semed e que tem como foco a prevenção do mosquito Aedes aegypti – e participou da Força Tarefa Nacional de combate ao Aedes Aegypti. Realizou oficinas de educação ambiental e reaproveitamento de materiais recicláveis em escolas e associações comunitárias e ainda desenvolveu abordagens porta a porta orientando sobre o manejo adequado de resíduos sólidos em vários bairros.




Ascom Slum

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