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29/07/2016 às 13:52

Mais de 92% dos municípios alagoanos estão à beira da falência

Levantamento mostra que 49 das 53 cidades avaliadas estão com as contas no vermelho

Índice Firjan de Gestão Fiscal revela situação crítica da maioria dos municípios alagoanos Índice Firjan de Gestão Fiscal revela situação crítica da maioria dos municípios alagoanos

AL1

A crise econômica que se instalou no País refletiu pesado na administração dos municípios alagoanos. Segundo pesquisa divulgada nesta quinta-feira, 28, pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), no ano passado 49 das 53 cidades de Alagoas analisadas estavam com o Índice Firjan de Gestão Fiscal (IFGF) abaixo de 0,6 – situação classificada como “crítica” ou “difícil” pela instituição. 

O número equivale a 92,2% do total de municípios avaliados pela federação. O IFGF varia de zero a 1 (quanto mais perto de 1, melhor a situação fiscal do município).

De acordo com o levantamento, apenas quatro municípios alagoanos estão com sua gestão fiscal equilibrada. Boca da Mata aparece em primeiro lugar, com índice 0,71, desempenho que fez o município ocupar o 112º do País em eficiência fiscal. A subida do município é mais significativa ainda se for comparada com sua situação em relação ao ano anterior, quanto obteve índice de 0,2.

Em seguida, como melhores desempenhos em Alagoas, aparecem Ouro Branco (0,69), Arapiraca (0,66) e Igaci (0,60). Maceió, por exemplo, aparece em 7º lugar no Estado, com índice de 0,57. É uma das 49 administrações que estão com as contas no vermelho. Em nível nacional, a capital alagoana ocupa o 1.189º lugar entre os municípios brasileiros.

Na outra ponta, o munícipio de Feliz Deserto ocupa o último lugar entre as cidades analisadas, com índice de 0,01.

Segundo ogerente de Estudos Econômicos da FIRJAN, Guilherme Mercês uma gestão fiscal ruim afeta diretamente a indústria. “É um cenário que afeta as empresas em termos de infraestrutura, necessária para seu desenvolvimento, e da mão de obra que utilizam. Isso significa ruas esburacadas e escolas e hospitais em condições ruins, por exemplo”, explicou.

O levantamento da federação revela que o grande vilão pela crise nos municípios alagoanos em 2015 foi o crescimento excessivo dos gastos com pessoal. “Além dos elevados gastos obrigatórios com pagamento de pessoal, que em momentos de queda de receita se traduz em endividamento, há ainda a crônica dependência de transferências da União e dos estados. Em 2015, a retração econômica teve como consequência a redução dessas receitas”, ressaltou a Firjan, em nota.

Enquanto Boca da Mata – o mais bem-sucedido município alagoano no ranking – teve desempenho de  0,65 com a folha de pagamento, a capital alagoana, que aparece em situação crítica, obteve 0,53.

Segundo a Firjan, os municípios alagoanos são mais atingidos pelo lado conjuntural da crise porque sua receita, na maioria dos casos, depende de repasses de tributos arrecadados pelo Estado e pela União.

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