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Maceió/Al, 02 de maio de 2024

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19/04/2024 às 19:09

Samu realiza a sexta Sipat e discute assédios moral e sexual

A Semana de Prevenção de Acidentes do Samu ocorreu na sede da Central Maceió. Arnaldo Santtos / Ascom Sesau A Semana de Prevenção de Acidentes do Samu ocorreu na sede da Central Maceió. Arnaldo Santtos / Ascom Sesau

Arnaldo Santtos 

Com uma vasta programação, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) realizou a VI Semana Interna de Prevenção de Acidentes no Trabalho (Sipat). O evento ocorreu no Núcleo de Educação Permanente (NEP) da Central Maceió, situado no bairro Farol, e contou com a participação dos servidores.

"A Cipa é uma parceira da coordenação, e os setores estão de parabéns pela organização do evento. Vivemos um novo momento no Samu e espero que os colaboradores nos ajudem a tornar o órgão ainda melhor", enfatizou a coordenadora geral do Samu Maceió, enfermeira Beatriz Santana.

De acordo com o presidente da Cipa do Samu, médico Jordiran Soares, é possível prevenir os riscos de acidentes, mas, para isso, é preciso conscientização dos servidores. "É exatamente para isso que a Cipa existe, porque ela aponta os riscos de acidentes e cria medidas para evitá-los", salientou.

Atentos sobre os temas das palestras que foram apresentadas, os servidores tiveram participação intensa em toda a programação. Entre as palestras apresentadas, destaque para a que tratou do tema assédio moral e sexual no ambiente de trabalho, que teve como convidada a juíza do trabalho Verônica Andrade.

Ela informou que o assédio moral se caracteriza, principalmente, quando há violação da dignidade ou integridade psíquica ou física da pessoa, por meio de conduta abusiva, independente de intencionalidade. “É assédio quando ocorre degradação das relações socioprofissionais e do ambiente de trabalho, através de ações ou omissões, praticados de forma direta ou indireta, susceptíveis de causar sofrimento, ou seja, dano físico ou psicológico", frisou a magistrada

Verônica Andrade exemplificou, ainda, que assédio moral é também quando ocorre sobrecarga de serviços e vigia excessiva do trabalhador. O fato de ser ignorado por colegas e chefias, criando desconforto para o servidor, caracteriza uma ação de assédio, bem como, o fato de espalhar rumores e fofocas sobre determinado colaborador.

A juíza do trabalho detalhou que são várias as consequências para o trabalhador, dentre elas, o suicídio, a depressão, ansiedade, isolamento, irritabilidade, crises de choro, síndrome do pânico, além de esgotamento físico e emocional. Ela citou também algumas ações que não caracterizam como sendo assédio moral, ou seja, exigir que o trabalho seja cumprido com eficiência, com metas razoáveis e conforme a realidade da atividade.

"Chamar a atenção dentro dos limites do poder diretivo, solicitar serviço extraordinário, respeitados os limites legais e por justificada necessidade do serviço, bem como, alertar sobre inadequação do meio ambiente de trabalho, sem colocá-lo nessas condições com o objetivo de diminui-lo, ou denegri-lo, não caracteriza assédio moral", sentenciou a magistrada.

OIT 190

Sobre assédio sexual, a juíza informou que é a conduta de conotação sexual qualquer prática que ocorre contra a vontade de alguém, sob forma verbal, não verbal ou física. Essa prática, ainda conforme Verônica Andrade, ocorre quando é manifestada por palavras e gestos, contatos físicos ou outros meios, seja com o efeito de perturbar ou constranger a pessoa, afetar a sua dignidade ou de lhe criar um ambiente intimidativo, hostil, degradante ou humilhante.

Em qualquer das situações, a pessoa ofendida deve apresentar provas suficientes para que os fatos sejam, realmente, comprovados com provas materiais e verbais. Ela informou também que o assunto tem sido discutido no mundo todo. Inclusive a última convenção da Organização Internacional do Trabalho (OIT) 190 destaca o assunto como sendo um marco no reconhecimento da violência e do assédio no ambiente de trabalho como violações dos direitos humanos.

Saúde do Coração

Pela tarde, além de brindes, os servidores foram contemplados com mais duas palestras, sobre saúde do coração e sua relação com o trabalho, proferida pelo médico socorrista do Samu, Rodrigo Nicácio. Na sequência, o tema qualidade de vida foi explorado pela psicóloga Janeide Pontes.

O médico destacou que, para preservar a saúde do coração, é preciso adotar alguns comportamentos, dentre eles, sono regular e ininterrupto durante a noite, evitar o estresse, tentar descobrir a origem da ansiedade e controlá-la, além de realizar atividade física pelo menos três vezes por semana. "Adotando essas medidas, é provável que se preserve não só a saúde do coração, como também evita o risco de uma série de doenças, inclusive o câncer", orientou Rodrigo Nicácio.

Já a psicóloga Janeide Pontes, fez uma dinâmica com os servidores do Samu, em que enfocou a discussão sobre o que era ou não felicidade no ambiente do trabalho, e também na família e entre os colegas e amigos. “Na vida é preciso fazer diferença para as pessoas, principalmente, para quem está próximo da gente”, recomendou.

Ascom Sesau

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