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Secretário da Mulher e Direitos Humanos acusa ineficácia política na câmara de vereadores e revela detalhes do sistema político do PT no Município

Em entrevista concedida ao jornalista Wyderlan Araújo, no Canhão Podcast, o secretário Executivo da Secretaria da Mulher e Direitos Humanos de São Miguel dos Campos, Cláudio Julião (PT), denunciou a falta de atuação de grande parte dos parlamentares que compõem a Câmara de Vereadores da cidade. Além disso, criticou a postura de integrantes do Partido dos Trabalhadores (PT) em Alagoas, e mandou um recado para o deputado estadual Ronaldo Medeiros.

Pronto para concorrer pela primeira vez às eleições, Cláudio Julião diz que está preparado para ser vereador e mudar a realidade da Câmara Municipal, que atualmente conta com 15 parlamentares, mas que segundo ele, 10 não são atuantes no cargo. "Tem vereador que passa três anos e não apresenta um projeto, nem para construir um quebra-mola na rua. Eles fazem do mandato meio de vida".

Segundo Cláudio, alguns vereadores do PT e dos partidos que compõem o governo de São Miguel dos Campos buscam maneiras de desfazer a aliança das federações, chegando a oferecer dinheiro para os filiados. “Tem vereador que liga todos os dias para os pré-candidatos para perguntar o valor para desmontar a chapa. Se me oferecer, eu gravo um vídeo e divulgo o nome da pessoa”.

Julião diz ainda que existe um grupo dentro do PT que busca prejudicar a sua pré-candidatura e os interesses do partido no município. Um dos nomes citados por ele é o do deputado estadual Ronaldo Medeiros.

“O Deputado Ronaldo Medeiros surfa na crista da onda, toca fogo ao invés de apagar. Eu faço um convite para ele ir a São Miguel Miguel conhecer a minha história e a história da minha família”, relata Julião.

A divergência entre integrantes do PT em São Miguel dos Campos foi alvo de operação policial. No início deste mês, Cláudio Julião e Cícero do PT protagonizaram uma briga na cidade, que contou até com o uso de uma faca por um dos integrantes. Segundo Cláudio, a discussão se iniciou devido à recusa de Cícero em aceitar a participação de um vereador de mandato (Pedro) nas eleições internas do partido.

“Ele (Cícero) saiu da chapa e começou a falar de mim, da minha mãe e da honra do meu pai. Fui na casa dele pedir para que parasse de falar da minha mãe. Em seguida, me chamou para conversar e foi logo puxando a faca para tentar me ferir, mas consegui tirar a faca da mão dele e levei”, esclarece.

Conforme o pré-candidato, este fato gerou posicionamentos opostos dentro do PT. Uma parte compreendeu a atitude de Cláudio e a outra ala declarou apoio ao também pré-candidato a vereador, Cícero do PT.

O entrevistado ainda reservou mais polêmica para o quadro “De Frente com o Canhão”. Cláudio colocou na mira o ex-vereador Wellington Silva e o ex-prefeito Pedoca Jatobá, ao qual acusa de ter perseguido sua mãe e os políticos da cidade.

Fonte: Assessoria