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Policiais
federais e equipes da Receita Federal do Brasil e o Departamento
Nacional de Auditoria do Sistema Único de Saúde cumprem mandados de
prisão, busca e apreensão em Alagoas, Sergipe, Bahia e Goiás.
A operação Holder busca combater o desvio de recursos públicos no Sistema Único de Saúde (SUS). Em Alagoas os mandados foram expedidos para Maceió e Marechal Deodoro. São quatro de prisão temporária, um de condução coercitiva e oito de busca e apreensão.
O inquérito policial investiga o desvio de verbas do Programa Nacional de Combate ao Glaucoma e da Política Nacional de Procedimentos Cirúrgicos Eletivos de Médica Complexidade, fatos ocorridos nos quatro estados onde a operação acontece.
Segundo as investigações entre 2014 e 2016 somente uma empresa em Maceió recebeu R$ 16 milhões do SUS para custear consultas e fornecimento de colírios. A prática criminosa, segundo os auditores envolvidos na operação, ainda acontece.
O
esquema
De acordo com as investigações foi constatada a
existência de uma organização criminosa responsável por lesar a
União, através do SUS, prestando informações incongruentes sobre
atendimentos médicos e fornecimento de medicamentos para tratamento
de glaucoma, resultando no recebimento, por empresas ligadas aos
investigados, de recursos financeiros em montante significativamente
superior ao que deveria ter sido repassado.
Em auditorias passadas realizadas pelo Denasus, determinou-se o ressarcimento de cerca de R$ 9,3 milhões à União em face de constatações de irregularidades.
O
nome
Holder, dado à operação, é de um personagem da
mitologia nórdica, um deus cego, referência à natureza dos
ilícitos investigados, uma vez que os recursos desviados
destinar-se-iam ao tratamento de doença que pode levar à cegueira.
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