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Ao longo de 2017, acadêmicos de vários cursos realizaram visitas ao sistema prisional alagoano. A relação de proximidade entre a Secretaria de Ressocialização e Inclusão Social (Seris) e os universitários tem promovido a quebra de inúmeros paradigmas. Dando continuidade a esse projeto, nesse sábado (13), agentes penitenciários apresentaram um panorama do trabalho desenvolvido no complexo penitenciário para acadêmicos de Direito e Psicologia da Faculdade Estácio de Alagoas.

A mostra faz parte do minicurso de Direito Penal “Vidas no Cárcere”, que inclui ainda uma visita técnica ao sistema prisional, que ocorrerá na próxima segunda-feira (15). Durante a apresentação, o chefe do Núcleo Ressocializador da Capital (NRC), agente penitenciário Élder Rodrigues e a assessora especial da unidade, agente penitenciário Poliana Bugarin, abordaram assuntos como o monitoramento eletrônico de presos e a metodologia aplicada na custódia dos internos do Núcleo. 

“Diante dos problemas enfrentados em unidades prisionais por todo o país,  alguns meios de comunicação incutem na sociedade a ideia que a ressocialização no Brasil não funciona. O Núcleo Ressocializador é uma prova que isso é um equívoco, e por isso é tão importante levar o exemplo da unidade para os acadêmicos. Em 2017, dos 44 reeducandos que saíram do Núcleo, nenhum reincidiu criminalmente”, revelou Élder Rodrigues.

O gestor destacou ainda a participação dos agentes penitenciários no processo de reintegração social dos apenados. “O agente não é preparado apenas para intervir em momentos de conflito ou para fazer a custódia dos presos. Esses profissionais exercem um papel fundamental no processo de ressocialização dos reeducandos. Combinado com a participação da sociedade civil, é possível falar de reintegração de maneira efetiva”, disse Rodrigues.

O promotor de Justiça Flávio Gomes, que também esteve presente no minicurso, elogiou a iniciativa da Seris em aproximar os universitários da realidade vivenciada nas unidades prisionais.  “Em Alagoas, foram registrados diversos avanços no complexo penitenciário ao longo dos anos, principalmente nas ações ressocializadoras. Aproveitem a visita às unidades, pois é um campo de aprendizado muito rico”, avaliou.