Se há uma palavra que na política a pronúncia não é Bem-vinda, pode anotar que é “perder”. Isto, em qualquer sentido e circustância.

Pois bem… há uma imbróglio envolvendo as emendas de bancada, onde senadores e deputados federais destinam suas cotas para investimentos em Alagoas. São recursos esperados a cada final de ano. Não por menos, novembro e dezembro prefeitos (os que moram na cidade) deixam suas famílias para acampar em Brasília. Será que é importante? 

Só que, neste ano, há uma trava que gerou pânico para a maioria da bancada federal e prefeitos: o senador Renan Calheiros disse que o modelo que vinha sendo aplicado não vale mais. O motivo é um só: com Arthur Lira (seu adversário direto) comandando as articulações, Renan sabe que os R$ 415 milhões (da maneira como estava prevista a liberação das emendas) fortalecem Arthur, que conquistou muitos territórios do MDB Alagoas. 

Talvez Renan não tivesse acreditado que o projeto Senado de Arthur fosse irreversível. Prefeitos do MDB estão com os pés nas duas barcas, mas uma delas (pela vontade do povo) tende a afundar, na travessia sombria das urnas.

O veto às emendas de bancada, como estava previsto, caiu como um balde de água fria e Renan acionou a saída pela porta de emergência, ao perceber que a trava nas emendas machucou sua base. Renan (eu avisei aqui) rapidamente acionou seu escudeiro federal, Isnaldo Bulhões, o Cabra do Orçamento nacional, e direcionou o plano B. Disse-me a fonte que não erra: “Alagoas não vai perder os R$ 415 milhões (agora atualizados). O senador já acionou o relator, que vai definir o rumo das emendas (tipo um novo modelo), porque do jeito que estava na programação, apenas o Arthur Lira seria protagonista”.

Olho no relator!!!!! Isnaldo Bulhões é peça-chave neste novo quebra-cabeças. Ele é a interseCção de Renan & Arthur (QUE BOMBA!!! - para o sertanejo desarmar)