Faleceu  nesta segunda-feira, GUILHERME PALMEIRA , ex-Governador de Alagoas,  ex-Senador da República e ex-Ministro do Tribunal de Contas da União.

Perda irreparável e muito sentida.

GUILHERME PALMEIRA é um exemplo a ser seguido, por sua ilibada conduta moral e  inestimável contribuição ao desenvolvimento do nosso Estado.

Filho do miguelense agropecuarista, ex-Deputado Federal e ex-Senador Rui Soares Palmeira e de dona Maria Gaby Soares Gracindo Palmeira,  GUILHERME nasceu em 1938 na Capital alagoana.

Estudou no Colégio Diocesano, na Escola Lurdes Vieira e no Colégio Batista.

No Rio de Janeiro, onde foi morar, concluiu o curso secundário e em 1963 formou-se Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, especializando-se em Direito Internacional Público e Privado.

Mas não tardou e logo ingressou na política, ao retornar a Alagoas, elegendo-se Deputado Estadual por dois mandatos (1966 a 1974), sendo também Presidente da Assembléia Legislativa.

Nascia, assim, um outro cidadão, o GUILHERME político, o político das boas práticas, alicerçado nos ensinamentos e no exemplo de vida de seu pai, o ex-Deputado Federal e ex-Senador RUI SOARES PALMEIRA.

UM ESTADISTA
Em 1978 foi escolhido Governador de Alagoas pela Assembléia Legislativa. E num gesto revelador de seu espírito conciliador, e para aparar arestas dentro de seu partido, especialmente o grupo liderado por Arnon de Mello, indicou Fernando Collor de Mello, filho de Arnon, Prefeito de Maceió.

Sua brilhante carreira política prosseguia e em 1982, ao deixar o Governo, conquistou seu primeiro mandato de Senador da República.

Em 1986 comandou o PFL, como seu Presidente Nacional.

Em 1988 foi eleito Prefeito de Maceió, cargo hoje ocupado, em segundo mandato, por seu filho RUI PALMEIRA.

Em 1990 deixou a Prefeitura de Maceió e elegeu-se novamente Senador da República.

Sua capacidade de exímio articulador,  sua vocação para construir amizades e sua exemplar prática de exercer a boa política, culminaram com sua indicação para ser o candidato a vice-presidente da República, na chapa de Fernando Henrique Cardoso, indicação à qual renunciou, por razões pessoais, sendo substituído pelo pernambucano Marco Maciel.

FHC e Marco Maciel foram eleitos, respectivamente, Presidente e Vice-Presidente do Brasil por dois mandatos (1995/2003).

Em 1999 foi nomeado Ministro do Tribunal de Contas da União pelo Presidente Fernando Henrique Cardoso, tendo também exercido a presidência daquele Tribunal.

GRANDE PERDA
Alagoas perde, assim, um  de seus mais ilustres filhos. 

Como legislador exerceu suas funções  com equilíbrio e eficiência.

Como Governador e Prefeito desempenhou seus mandatos com sabedoria e competência, deles fazendo instrumentos para a prática do bem.

GUILHERME PALMEIRA, exemplo de homem público cuja trajetória política teve a marca da honestidade, da ética, da sensatez e da probidade administrativa.

Ele partiu, mas o legado ficou!