Esporte

Crianças do Serviço de Convivência da Semas fazem aula de judô

Senseis Nilson (esquerda) e Charles ensinam Judô para crianças do Serviço de Convivência da Semas Foto: Cícero Rogério Ascom/Semas

Cícero Rogério

A segunda-feira foi um dia especial para cerca de 40 crianças do Núcleo do Centro de Convivência e Fortalecimento de Vínculos Caic/Ufal, equipamento social da Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas). Meninos e meninas participaram de uma oficina de Judô, ministrada pelo sensei e presidente da Federação Alagoana de Judô, Nilson Gama.

A participação da garotada do Serviço de Convivência da Semas foi possível através do trabalho do professor de educação física, Edivânio Jatobá, que foi o mentor da parceria entre a Semas e a Federação Alagoana de Judô. Ele e a equipe, formada por mais quatro pessoas, levaram os meninos e meninas até a federação, que fica no bairro Feitosa, em Maceió.

Judô e Kung Fu

“Essa é uma série de atividades que pretendo realizar com a meninada neste período. O foco é no desenvolvimento de ações externas. Começamos aqui com uma parceria entre a Semas e a Federação Alagoana de Judô. Mas nossa intenção é estendermos essas oficinas para a prática de outras lutas marciais como o Kung Fu e outros esportes, como o tênis de mesa.

Na próxima quarta-feira, dia 25, a meninada vai participar de uma oficina no Projeto Kung Fu Dakaru, sob responsabilidade do professor Cristiano. “Essas atividades externas que fazemos com os meninos e meninas do Núcleo do Serviço de Convivência da Semas é muito importante para a vida deles, não só pela participação em uma atividade física, particularmente, as lutas marciais, mas principalmente na vivência de valores como o respeito ao adversário, o exercício da disciplina, a concentração, o aprendizado de regras”, explica o professor de educação física Edivânio.

Oficina de Judô ensina a cair de costas Foto: Cícero Rogério Ascom/Semas

Oficina de Judô ensina a cair de costas de forma correta. Foto: Cícero Rogério Ascom/Semas

Cair de costas

Na oficina de Judô, a meninada aprendeu os primeiros passos da luta milenar japonesa e recebeu orientações sobre os cumprimentos realizados no início e fim da luta em relação ao mestre e professor, também chamado de sensei, e ao adversário.

“Nesse exercício, além de as crianças aprenderem as posições iniciais, a forma correta de cair para trás, também aprenderam a ter responsabilidade, já que os mais antigos foram orientados a ensinar os mais novos a cair de costas sem se machucar. Esse tipo de prática é uma missão que enaltece o senso de responsabilidade do aluno mais experiente em relação ao novato”, ensina o sensei Nilson.

Judô é aprendizado para a vida Foto: Cícero Rogério Ascom/Semas

“Judô é aprendizado para a vida”, diz professor Edivânio. Foto: Cícero Rogério Ascom/Semas

Os alunos mais experientes fazem parte de um projeto de iniciação esportiva, parceria da Federação Alagoana de Judô e a Secretaria de Esporte, Lazer e Juventude de Alagoas. “Aqui a interação entre as crianças e jovens dos dois projetos contribui para aprender uma lição de senso de responsabilidade entre os participantes da oficina que aprenderam também lições de companheirismo, solidariedade, respeito, disciplina e concentração que eles vão levar para a vida”, esclarece o professor Edivânio.

Respeito à adversária Foto: Cícero Rogério Ascom/Semas

Respeito à adversária. Foto: Cícero Rogério Ascom/Semas

Sonhos

Eduardo, oito anos, diz que foi muito bom participar da oficina porque aprendeu a lutar judô. “É divertido”, diz o garoto. Bernardo, nove anos, concorda com o coleguinha e diz que aprendeu muita coisa e se divertiu muito. “Aprendi a cair de costas”, conta. Já Ricardo, seis anos, diz que caiu de costa e deu um mortal!

Para o professor de educação física e mestre de judô, Charles José, a troca de experiência e a interação entre os dois projetos são gratificantes porque os alunos aprendem na vivência a exercitar o companheirismo.

“Além de melhorar as condições físicas e de saúde, os alunos podem melhorar a qualidade de vida em todos os aspectos, incluindo os valores sociais, como a inclusão, a socialização. Juntar o esporte com as noções éticas de valores como o respeito contribui para as mudanças de comportamento das crianças que se tornam compreensivas. Elas podem seguir as regras para respeitar os outros e a si mesmas. É uma experiência valiosa”, diz o professor de educação física, Charles José.

Postura e respiração corretas na hora do Judô Foto: Cícero Rogério Ascom/Semas

Postura e respiração corretas na hora do Judô. Foto: Cícero Rogério Ascom/Semas

A adolescente de 15 anos, Ana Clara, diz que ser “madrinha” da garotada ao ensinar o que já aprendeu é importante porque pode ajudar a ela a estudar e se profissionalizar. “O judô pode virar uma profissão para mim no futuro”, sonha Ana Clara.




Fonte: Ascom Semas