Parte alta de Maceió vive transformação e resgata orgulho dos moradores

Maria Maia
Maceió vive um tempo de transformação. Da parte baixa à parte alta, as mudanças se tornam visíveis a cada dia, seja nas ruas asfaltadas, nas praças revitalizadas, nos bairros mais limpos e iluminados, no atendimento humanizado à saúde e, principalmente, no olhar de esperança dos moradores. Na Cidade Universitária, o sentimento é de gratidão e pertencimento. As famílias reconhecem que estão vivendo um novo tempo, em que o poder público chega com presença, cuidado e respeito.
Nos conjuntos Graciliano Ramos, Village Campestre e Acauã, essa transformação vai além da infraestrutura. É um movimento que alcança a autoestima da população, resgata a dignidade e fortalece o sentimento de que a cidade, enfim, olha por todos. Com ações que promovem melhorias por toda parte, a atua gestão tem reescrito a paisagem urbana e social dos bairros, promovendo avanços que eram aguardados há décadas pela população.
Com emoção, Katia Omena, moradora da Cidade Universitária, relembra o passado difícil e celebra as transformações que hoje garantem segurança, lazer e qualidade de vida para sua família.
“Eu vim morar aqui quando tinha cinco anos. Hoje tenho 37. E posso dizer com certeza: a parte alta de Maceió nunca teve tanta atenção como agora. Antes, a gente era esquecido. Tinha uma pracinha aqui perto, mas era de cimento, os brinquedos quebrados, os bancos todos rachados. Não oferecia segurança, não oferecia nada. A gente trazia as crianças porque era o que tinha. Mas não era bom, não. Hoje, a realidade é outra. Agora dá pra ver a mudança, sem dúvida. É só andar por aqui pra ver”, contou Kátia.

Kátia Omena
Criada no bairro, ela viu de perto a luta da comunidade por melhorias básicas. Hoje, ao ver a filha e o sobrinho brincando com segurança, sente que algo mudou.
"As mudanças são vistas por toda cidade, e não é só na questão da praça, que agora tem brinquedos de verdade e um espaço bem cuidado e revitalizado. Mas nos postos de saúde, nos pontos de ônibus, na educação, na vida mesmo... Melhorou bastante e nós ficamos muito felizes por ver essas mudanças”, disse.
As lembranças do passado ainda estão vivas na memória. A comparação com os tempos difíceis de antes reforça o quanto as mudanças são significativas.
"Na minha época de estudante, eu saía a pé debaixo de sol e chuva, não tinha transporte. O lanche era a famosa bolacha de maizena. E olha que esse era o lanche rico, viu? Porque quando não era isso, era cuscuz com ovo cozido. E a gente ainda agradecia a Deus porque tinha. Agora, as crianças têm todas as refeições na escola, tem fardamento incluso, com bolsa e tudo mais, tem ônibus, tem auxílio. Antes era tudo pago. Hoje tem tudo, tudo gratuito, não esperava um dia ver isso, mudou tudo", destacou Omena.
Beatriz Carvalho, de 26 anos, também cresceu vendo a vizinhança ser deixada de lado no conjunto Graciliano Ramos. Nos últimos tempos, ela viu a paisagem se transformar diante de seus olhos e, enfim, sente-se acolhida pelo lugar onde sempre viveu.
“Eu nasci e me criei aqui. Antes era tudo lama. Hoje, do lado da minha casa, onde só tinha barro, agora tem uma areninha linda. A iluminação melhorou, a praça está revitalizada, o terminal de ônibus está sendo reformado. É uma transformação que a gente nunca esperou ver acontecer. O que antes era abandono. Agora é casa, é família. Eu me sinto muito feliz. Enxergar de fato essas melhorias na nossa comunidade é muito bonito e gratificante. Por muito tempo isso aqui foi um ambiente que não era tão acolhedor”, disse.
Para Beatriz, essas mudanças não se tratam apenas de urbanização, mas de reconhecimento e melhorias para a qualidade de vida da população.
“Durante muito tempo a parte alta foi esquecida mesmo. Era como se, por ser um bairro da periferia, as pessoas aqui não tivessem esse direito. Mas hoje é diferente. A gente vê a diferença. Tudo isso que está sendo feito, não só pelo bairro, como em toda a cidade, é importante demais pra valorização do local, do acolhimento. A gente passa a se sentir em um ambiente mais bonito, mais visível, mais limpo. Um espaço que acolhe a comunidade de verdade”, ressaltou a estudante.
Beatriz, que costuma correr nas redondezas, destaca a importância da iluminação em LED para a segurança. “Principalmente, sendo mulher. É um ganho enorme. Eu posso treinar no fim da tarde sem medo. O ambiente é mais claro, mais acolhedor, mais vivo e melhora tudo, a qualidade de vida, a disposição e a vontade de me exercitar.”
Outro morador que vive essa mudança de perto é Jailson Santos, empreendedor que vende acarajé na praça central do bairro há mais de dez anos e aguarda o dia da inauguração.
“Eu nunca imaginei que ia ver essa praça desse jeito. Tá bonita demais. Antes não tinha nada. Era um espaço abandonado. Agora vai valorizar nosso trabalho e atrair mais gente”, diz ele, ansioso pela reabertura oficial da praça que está em fase final de reforma.

Jailson Santos
Segundo Jailson, os moradores da parte alta se sentiam esquecidos por muito tempo. “Só a parte baixa recebia atenção. Mas agora a gente está vendo investimento aqui também. Isso muda tudo. Melhora o comércio, a autoestima, a vida da gente.”
A Prefeitura de Maceió tem mostrado, na prática, que políticas públicas bem aplicadas transformam vidas. As ações na parte alta da cidade não só corrigem desigualdades históricas como também despertam um novo sentimento de pertencimento e melhorias na qualidade de vida entre os moradores.