Especialista ressalta a importância da doação de sangue; confira curiosidades

O cenário de doação no Brasil não é dos mais satisfatórios. O percentual recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) de doadores num país é entre 3,5% e 5% da população, no Brasil corresponde a 2% (OMS). De acordo com o coordenador do curso de Enfermagem da Faculdade Anhanguera, Ednon Martins, há muitos mitos envolvidos no ato de doar sangue, o que acaba contribuindo para que o país não atinja o índice recomendado.
O Hemocentro de Alagoas (Hemoal), por exemplo, de forma recorrente, enfrenta uma situação crítica quanto ao número de bolsas de sangue em estoque. Quando há escassez, o órgão aponta que há um comprometimento do atendimento de emergências, cirurgias e pacientes que dependem de transfusões regulares.
“Não há com que se preocupar. Doar sangue é uma atividade muito segura e não causa prejuízos à saúde do doador. Uma das preocupações mais comuns é sobre o volume de sangue, no entanto, o corpo humano se recupera rapidamente, sem deixar o doador fraco ou com algum problema”, aponta.
Ednon explica ainda, que a doação de sangue é crucial para salvar vidas em situações de emergência, como acidentes, cirurgias complexas e tratamentos de doenças graves. “Uma única doação pode salvar até três vidas, pois o sangue doado é separado em componentes (glóbulos vermelhos, plaquetas e plasma) que podem ser usados para diferentes pacientes”, enfatiza.
Em Alagoas, as doações podem ser feitas em qualquer Hemocentro. De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), para doar é necessário ter entre 16 e 69 anos, pesar no mínimo 50 kg e levar um documento de identificação com foto. Caso o voluntário tenha idade menor que 18 anos, é necessário estar acompanhado dos pais ou responsável.
Por fim, o especialista destaca que o ato, além de solidário, traz benefícios ao doador, pois isso ajuda a manter os níveis de ferro no sangue sob controle, o que pode reduzir o risco de doenças cardíacas. “Doadores regulares passam por exames de saúde antes de cada doação, o que pode ajudar na detecção precoce de possíveis problemas de saúde”, argumenta Ednon.
Confira algumas curiosidades indicadas pelo especialista:
1) Contágio de doenças: todo material utilizado é descartável, não há contato com sangue de outra pessoa.
2) Quem teve dengue nunca mais pode doar sangue: o organismo cria anticorpos contra as infecções virais e com isso o vírus é neutralizado. Há um período de quarentena de um mês entre a infecção e a liberação para a doação. No caso de dengue hemorrágica, o período é de seis meses.
3) Só podem doar sangue maiores de idade: adolescentes a partir dos 16 anos podem doar sangue. Fisicamente eles já estão aptos para doar sangue, desde que cumpram todos os requisitos básicos para doação, mas por serem menores de 18 anos, precisam de autorização dos pais ou responsável.
4) O sangue fará falta ao doador: a reposição do volume de plasma ocorre em 24 horas e a dos glóbulos vermelhos em 4 semanas. Entretanto, para o organismo atingir o mesmo nível de estoque de ferro que apresentava antes da doação, são necessárias 8 semanas para os homens e 12 semanas para as mulheres.
5) Quem tem piercing e tatuagem não pode doar: apenas pessoas com piercing na boca não podem doar sangue pois a boca está mais receptiva a infecções. Elas só estão aptas a doar 12 meses após a retirada. Pessoas que fizeram tatuagem, maquiagem definitiva e outros processos com perfuração da pele devem esperar 12 meses para voltar a doar sangue.
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