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Polícia Civil cumpre mandados em comunidade terapêutica investigada por crimes em Marechal Deodoro

Local foi interditado e é alvo de investigação por parte da Polícia Civil por vários crimes | Ascom PCAL

Gabriel Mileno 

A Polícia Civil de Alagoas cumpriu, nesta segunda-feira (25), mandados de busca e apreensão em uma comunidade terapêutica localizada em Marechal Deodoro. O local é investigado após mais de 30 depoimentos apontarem crimes de maus-tratos, violência física, violência psicológica e a morte ainda a esclarecer de Claudia Pollyane, de 41 anos, que estava internada na localidade.

O efetivo utilizado pela Polícia Civil contou com equipes da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM), Delegacia de Homicídios do 10º Segmento, 17º Distrito Policial (17º DP), Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco), Coordenadoria de Recursos Especiais (Core/Dracco), além do apoio do Instituto de Criminalística (IC) e da Vigilância Sanitária.

Na última sexta-feira (22), a Polícia Civil prendeu o proprietário do estabelecimento, enquanto a esposa do suspeito, também proprietária, já havia sido presa na semana anterior. A investigação é coordenada por uma comissão de delegadas instituída para o caso, formada por Ana Luiza Nogueira, Juliane Santos, Maria Eduarda e Liana Franca. O grupo apura não apenas o óbito de Claudia Pollyane, mas também as demais denúncias apresentadas.


Segundo a delegada Ana Luiza, coordenadora das Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAMs), as diligências apontam possíveis crimes de estupro, tortura e agressões.

Em um dos cômodos da clínica, conhecido entre internos como “quarto da tortura”, o Instituto de Criminalística coletou material com vestígios de sangue que será submetido a perícia.


“Havia uma série de irregularidades, inclusive prescrição de medicamentos que só podem ser fornecidos em uma clínica médica e não em uma comunidade terapêutica”, destacou a delegada Ana Luiza.

Os mandados de busca e apreensão foram expedidos pelo Poder Judiciário de Alagoas. Após as vistorias das equipes, a Vigilância Sanitária determinou a interdição da comunidade terapêutica.