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Cibele Moura cobra ampliação da Patrulha Maria da Penha e denuncia aumento da violência contra a mulher

Recorrente no plenário da Casa, os casos de violência contra as mulheres foram tema do pronunciamento da deputada Cibele Moura (MDB), durante a sessão ordinária desta terça-feira, 26. Em sua fala, a parlamentar repercutiu os dados mais recentes sobre a violência de gênero e disse que, atualmente, o país vivencia uma onda declarada de violência contra a mulher. “Basta ligar a televisão no domingo, em um programa como o Fantástico (da Rede Globo), e vemos, por exemplo, um fisiculturista que passou mais de cinco minutos ininterruptos socando o rosto da mulher que ele dizia amar”, destacou a deputada.

Cibele Moura prosseguiu dizendo que, no mesmo programa, a reportagem continuou trazendo casos assustadores. “Trazendo para Alagoas, a realidade não é diferente. Ao olharmos os dados sobre a violência doméstica e a violência de gênero, temos um número que me chamou muito a atenção”, afirmou. “Em nosso Estado, de acordo com a Polícia Militar, de janeiro a julho deste ano, foram contabilizados 6.811 boletins de ocorrência”, contou a parlamentar, destacando o trabalho da PM, que também informou que este está sendo o ano em que mais prendeu agressores de mulheres em Alagoas.

“É um absurdo que tenhamos milhares de casos todos os meses e que 70% dessas ocorrências aconteçam dentro de casa. Isso significa que, a cada 10 feminicídios, sete ocorreram dentro da própria residência”, lamentou Cibele Moura, observando que, infelizmente, não existe, segundo ela, lugar seguro para a mulher. “Isso significa que precisamos intensificar e ampliar a Patrulha Maria da Penha para os quatro cantos de Alagoas, porque é uma política pública que funciona. Significa ainda que precisamos levar para as escolas o ensino sobre o que é violência”, pontuou a parlamentar, assegurando que, enquanto mulheres alagoanas estiverem sendo assassinadas, ela estará usando a tribuna do Parlamento para denunciar, “pois não é aceitável que tenhamos mulheres morrendo apenas por serem mulheres”.

Ascom ALE