Whey Protein: qual tipo escolher?

Presente nas prateleiras de supermercados, lojas de suplementos e até farmácias, o whey protein tornou-se um dos produtos mais consumidos por quem busca praticidade na ingestão de proteínas. Mas diante de tantas opções — concentrado, isolado e hidrolisado — como saber qual é o mais indicado?
Segundo o Dr. Djairo Araújo, médico com atuação em Nutrologia e Medicina Esportiva, a resposta depende principalmente de necessidades individuais, como a presença de intolerância à lactose ou alergia à proteína do leite.
“A escolha não deve ser guiada apenas por preço ou marketing. Cada tipo possui características diferentes e indicações específicas”, afirma o especialista.
O que é o whey protein?
O whey protein é um suplemento proteico derivado do soro do leite, rico em aminoácidos essenciais — especialmente a leucina, que atua como “gatilho” na construção muscular.
Cerca de 80% das proteínas do leite são caseínas (insolúveis), e os outros 20% correspondem ao soro, de onde é extraído o whey. A absorção é rápida, podendo ocorrer em até 2h30. No caso do tipo hidrolisado, esse tempo pode ser reduzido em até 15 minutos — diferença considerada irrelevante para a maioria das pessoas saudáveis.
Na oportunidade, o médico explicou que existem 3 tipos de whey protein, são eles:
1. Whey protein concentrado:
ü Contém até 84% de proteínas e de 3% a 8% de carboidratos (lactose incluída);
ü É o tipo mais acessível financeiramente e o mais prescrito por nutricionistas;
ü Indicado para pessoas sem intolerâncias ou alergias, e que buscam custo-benefício;
2. Whey protein isolado:
ü Concentração de até 94% de proteínas e até 2% de lactose;
ü Indicado para quem tem intolerância à lactose;
ü Mais caro, mas não aumenta o ganho muscular em relação ao concentrado.
3. Whey protein hidrolisado:
ü Pode ser derivado do concentrado ou do isolado, mas passa por um processo de
ü hidrólise parcial (de 8% a 20%);
ü Ideal para quem tem alergia à β-lactoglobulina, proteína do leite de vaca;
ü Reduz o risco de alergia em até 99%, mas costuma ser menos palatável e muito mais caro.
O médico ainda explica que nem sempre vale a pena comprar o mais caro, pois existe diferença no tempo de absorção entre os tipos é mínima e sem impacto clínico relevante.
“Além disso, algumas marcas aumentam o preço com base no marketing visual — usando personagens e embalagens voltadas ao público jovem —, sem necessariamente oferecer qualidade superior. Muitas vezes, produtos com muitos corantes e adoçantes têm menor concentração de proteína”, alerta Djairo.
Proteínas: nutrientes essenciais
Segundo o Ministério da Saúde, proteínas são nutrientes nobres, com funções vitais:
ü Formação de tecidos, unhas, cabelos e colágeno;
ü Participação na síntese de hormônios e enzimas;
ü Suporte ao sistema imunológico;
ü Transporte de nutrientes e armazenamento de ferro;
ü Fonte secundária de energia (4 kcal por grama).
Por fim, Dr. Djairo dá dicas de como escolher o melhor Whey Protein:
ü Verifique a tabela nutricional: desconfie de produtos com muitos ingredientes artificiais.
ü Evite marcas que inserem colágeno como “proteína principal” — o colágeno não tem alto valor biológico.
ü Se não tiver intolerância ou alergia, opte pelo concentrado, que oferece ótimo
O whey protein pode ser um grande aliado nutricional, especialmente para quem tem dificuldade de atingir a ingestão adequada de proteínas na rotina. Porém, sua escolha deve ser consciente, com base nas necessidades do corpo, e não apenas na embalagem ou no preço.
Fonte: Comunique – Assessoria e Marketing Médico