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A pandemia do novo coronavírus tem feito vítimas fatais em todo o país e em Maceió, infelizmente, não é diferente. Pais, filhos, maridos, esposas, avós e avôs. Pessoas que não são substituíveis e que fizeram a diferença também na Rede Municipal de Educação de Maceió. Como forma de homenageá-las, a Secretaria Municipal de Educação (Semed) reuniu memórias sobre a dedicação para a comunidade escolar. Relatos de colegas de trabalho e familiares. Acompanhe.

Zaira Nascimento de Oliveira, professora e diretora aposentada, da Escola Municipal de Ensino Fundamental Nosso Lar I, na Levada, educadora durante 32 anos, faleceu no final de maio. De acordo com a filha, Andréa Nascimento de Oliveira, Zaira sempre foi alegre, dinâmica e festeira. “Gostava de levar crianças para se apresentar, era muito proativa. Da aposentadoria pra cá ela começou a fazer artesanato e se apresentou em feiras. Acompanhei minha mãe querendo movimentar o setor da arte. Ela arrasava nos projetos, fazíamos programas e inclusive participamos do Lagoa Viva com professores de arte e teatro. Minha mãe adorava seu trabalho”, disse.

Amaro Nogueira do Nascimento era professor de Educação Física na Escola Municipal Frei Damião, localizada no Benedito Bentes. A gestora da escola, Vera Lúcia Silva, conta que Amaro era um profissional comprometido e responsável com o dever de lecionar. “Era uma ótima pessoa, tinha um carinho muito grande pela gente. Não temos do que reclamar dele, muito pelo contrário, elogiamos o trabalho que ele fazia pelos alunos. Além do trabalho que ele desenvolvia, a amizade dele era inestimável. A escola sentiu e lamenta muito a perda de Amaro. Sentiremos muita falta”, conta Vera ao recordar do colega.

Gilvanio Irineu Alves, supervisor administrativo da Escola Kátia Pimentel Assunção, no Jacintinho, foi lembrado com carinho pela equipe de trabalho e pela família. Gil, como era carinhosamente chamado, trabalhava com o coração. De acordo com os colegas de trabalho, era amigo de todos. Sua partida também foi sentida, principalmente, pela sua família, por quem tinha um amor incondicional.

Já Dirlene Belo da Silva Santos, trabalhava na secretaria da Escola Municipal Octávio Brandão, era uma servidora que se doava com empenho ao trabalho, sendo muito querida por todos. Dirlene foi lembrada por todos pelo seu sorriso largo que alegrava qualquer ambiente. Os colegas lembram de como ela gostava de fazê-los rirem e de como ela sempre estava contribuindo com opiniões importantes acerca do que achava que seria melhor para a unidade escolar.

Kátia Martins de Oliveira foi educadora da rede municipal de ensino em duas unidades escolares, professora da Educação de Jovens, Adultos e Idosos (Ejai), na Escola Municipal Arnon Afonso Farias de Melo, e professora de Ensino Fundamental da Escola Nossa Senhora Aparecida. “Minha mãe era uma pessoa extremamente atenciosa, atenta e muito carinhosa. Ela era muito dedicada, principalmente ao meu irmão, que tem síndrome de Down. Ela participou do empoderamento de outras mães que estavam grávidas de filhos Down, ela participou de palestras, encontros e se mobilizou para ajudá-las”, lembra a filha, Lenita Martins Bandeira.

“Ela já era formada em contabilidade e por ser uma mãe muito dedicada, começou a estudar pedagogia, pois meu irmão enfrentou muitas dificuldades em encontrar uma escola que o aceitasse há 24 anos, foi por isso que ela cursou pedagogia, fez especialização e mestrado, prestou dois concursos públicos e passou nos dois para ser professora municipal. Como profissional, ela era muito comprometida, então eu acredito que as duas histórias se unem, a de educadora e a de mãe, porque ela escolheu ser pedagoga por causa do meu irmão, para auxiliá-lo”, acrescenta .

Já Lucineide Gomes Flor foi professora na Escola Municipal Professora Silvia Celina Nunes Lima durante quase dois anos. Conhecida carinhosamente pela família e colegas de trabalho como Flor, a professora foi lembrada pela diretora da escola como uma amiga muito comprometida com o trabalho e com os alunos. “Ela morava em União dos Palmares, mas era a primeira que chegava no turno da manhã, muito comprometida com seus alunos e responsável. Como ela passou também para o concurso da Caixa Econômica em Coruripe, ficou trabalhando na Ejai da nossa escola, vinha todas as noites, era muito batalhadora e muito querida por todos seus colegas da escola. Foi uma perda muito grande pra nossa escola”, disse a diretora e amiga, Jailda Maria da Silva.

“Minha esposa era uma pessoal especial, minha amiga companheira. Gostava de curtir a vida, curtir a família. Era uma pessoa muito especial para todos nós. Ela está fazendo muita falta”, disse o marido de Lucineide, Jorge Luís Flor. A Secretária de Educação, Ana Dayse Dorea, reforça a importância da contribuição desses profissionais.

“Neste momento tão delicado em que passa o mundo, nós estamos acompanhando, infelizmente, alguns dos nossos servidores da Educação nos deixando vítima da Covid-19. Lamentamos muito e nos solidarizamos às famílias, amigos e colegas de trabalho daqueles que fizeram e sempre farão parte da nossa Educação. Pessoas e profissionais que deixaram histórias que ficarão marcadas para sempre em nossos corações e, com certeza, deixaram como legado aquilo que podemos levar para sempre, o nosso conhecimento. Acho muito importante que eles sejam lembrados nessa homenagem, que carrega a nossa gratidão pela contribuição de cada um”, disse a secretária.

Mais do que estatísticas, a secretária reforça que os servidores e servidoras são pessoas únicas e especiais, que fizeram a história da Semed. “Deixaram um legado único para a educação do nosso município. Quero aqui também deixar meus sentimentos aos famimiares de servidores da Educação que faleceram por outras causas. Todos são muito importantes ”, pontua a secretária.

Ascom Semed