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A morte do advogado Fernando Cabral pode ter envolvimento com agiotagem e participação de um grupo de colombianos. A polícia investiga a participação do advogado Sinval José Alves, dono da empresa Mundial Exchange e sócio de Fernando Cabral no escritório de advocacia onde aconteceu o crime, na manhã do dia 3 deste mês.
Nesta quinta-feira Sinval Alves teve a prisão temporária solicitada pelo juiz John Silas. Ele foi ouvido por cerca de 5 horas, pela delegada Simone Marques, na Delegacia de Homicídios. Em seguida foi levado para o sistema prisional. Também nesta quinta-feira policiais civis recolheram documentos e materiais no escritório de Sinval Alves.
O caso
José Cabral foi executado com dois tiros na cabeça, dentro do escritório e na presença de um funcionário e de Sinval Alves. A primeira linha de investigação apontou para latrocínio (roubo seguido de morte). As testemunhas disseram que a dupla criminosa pediu dinheiro à vítima, que deu o que tinha, mas os criminosos queriam mais, até que um deles fez os disparos.
Outras possibilidades começaram a aparecer quando o funcionário disse, em depoimento, que os criminosos informaram que iriam entregar um envelope a José Cabral. A partir desta informação e do perfil dos criminosos, que deixaram o local tranquilamente, uma nova linha foi traçada pela polícia.
No vídeo disponibilizado pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) é possível perceber a frieza dos criminosos, que chegaram e saíram do local numa motocicleta, sem arma em punho ou alta velocidade.
Por conta do pedido de prisão temporária de Sinval Alves a OAB Alagoas emitiu nota.
Confira.
A Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Alagoas (OAB/AL), ao ser informada da prisão temporária decretada contra o advogado Sinval José Alves, suspeito de envolvimento na morte do sócio José Fernando Cabral de Lima, está acompanhando o caso, assim como o depoimento do advogado.
A Diretoria de Prerrogativas esteve no momento do cumprimento do mandato e vem atuando como instituição para garantir a prerrogativa do advogado.
Sobretudo, a Ordem ressalta a importância da investigação para que de fato, os culpados sejam punidos no rigor da lei, independente de quem esteja envolvido neste brutal assassinato, sempre respeitando o direito a defesa e ao contraditório. A Seccional Alagoana lamenta que as investigações apontem para a possibilidade do crime ter sido praticado pelo sócio.
A OAB Alagoas encontrou as portas abertas junto à polícia e manteve desde o início contato direto sobre o andamento das investigações.
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