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Sesau reforça a importância do diagnóstico, tratamento e prevenção da Leishmaniose

A Leishmaniose pode afetar pessoas e animais e, se não tratada, pode levar a complicações graves e morte | Carla Cleto / Ascom Sesau

Ruana Padilha 

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) reforça a população dos 102 municípios alagoanos sobre a importância do diagnóstico, tratamento e prevenção da Leishmaniose, transmitida pela picada de mosquitos infectados. Contudo, não se trata de mosquitos comuns, mas, da picada da fêmea do inseto flebotomíneo, popularmente conhecido como mosquito-palha, que possui como característica principal as asas cobertas por pelos. A doença pode afetar pessoas e animais e, se não tratada, pode levar a complicações graves e morte.

O médico veterinário Raffael Oliveira Eufrásio, que atua no Programa de Controle de Controle das Zoonoses da Sesau, explica que existem duas formas principais da Leishmaniose, a visceral conhecida como calazar e a tegumentar americana. “A Leishmaniose visceral tende a ser mais grave, pois atinge órgãos internos como fígado, baço e medula óssea podendo causar sintomas generalizados. Já a Leishmaniose tegumentar, menos severa, provoca feridas na pele e pode atingir mucosas do nariz, boca e garganta”, esclarece.

De acordo com o médico veterinário da Sesau, ao identificar sintomas suspeitos devem imediatamente procurar atendimento médico. “Na Leishmaniose visceral, os principais sinais são febre que persiste por semanas, perda de peso, fraqueza, aumento da circunferência abdominal, palidez e infecções frequentes. Já na forma tegumentar, o alerta é para feridas na pele que não cicatrizam, geralmente sem dor. Quando atinge mucosas, pode causar inflamação e destruição de tecidos no nariz e na boca”, pontua.

Raffael Oliveira Eufrásio salienta que os dois tipos de Leishmaniose têm o diagnóstico e o tratamento oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) dos 102 municípios. “O diagnóstico é feito nas unidades de saúde, por meio de exames laboratoriais. Um deles é o teste rápido de Leishmaniose Visceral Humana, disponível no SUS, que detecta anticorpos contra o parasita em cerca de 20 a 20 minutos. Outros exames, como análises laboratoriais, exames parasitológicos e testes moleculares, ajudam a confirmar a doença”, enfatiza.

Já no tratamento, o médico veterinário da Sesau esclarece que depende do tipo da doença e do estado de saúde do paciente. “O acompanhamento pode incluir medicamentos como anfotericina B lipossomal ou antimoniato de meglumina. Todo o processo deve ser acompanhado por profissionais de saúde, pois os remédios podem ter efeitos colaterais e exigem supervisão médica”, sentencia Raffael Oliveira Eufrásio.

PREVENÇÃO

A prevenção da leishmaniose envolve medidas para evitar a proliferação do mosquito-palha como manter quintais limpos e livres de matéria orgânica, como folhas e fezes de animais; instalar telas em portas e janelas; construir galinheiros e abrigos de animais domésticos distante da residência; podar os galhos das árvores das árvores para deixar o quintal ensolarado; varrer os quintais recolhendo as folhas e frutos; dar o destino adequado ao lixo orgânico; usar roupas de manga comprida e repelentes em áreas de mata; e proteger os cães com coleiras repelentes.