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Esclerose Múltipla: A importância do diagnóstico precoce para o tratamento e qualidade de vida no mês de conscientização

A atenção aos sintomas da Esclerose Múltipla, mesmo que sutis, é crucial | Freepik

Com a proximidade do Dia Nacional de Conscientização sobre a Esclerose Múltipla, celebrado em 30 de agosto, e a campanha Agosto Laranja, promovida pela AME – Amigos Múltiplos pela Esclerose, o debate sobre essa doença neurológica ganha ainda mais relevância. A iniciativa visa informar e sensibilizar a população, desmistificar a doença, promover o diagnóstico precoce e melhorar a qualidade de vida das pessoas afetadas, combatendo a desinformação e o preconceito.

Nesse contexto, é importante reforça a atenção aos sinais da Esclerose Múltipla (EM), uma doença crônica que afeta milhões de pessoas globalmente, com cerca de 14,5 casos a cada 100.000 habitantes no Brasil. Caracterizada pela inflamação e destruição da mielina no Sistema Nervoso Central (SNC), a EM pode gerar uma variedade de sintomas que, se não identificados precocemente, podem levar a sequelas significativas.

A Dra. Josemary Sucupira, neurologista do Hospital Orizonti, destaca que a EM é uma doença imunomediada que se manifesta de diversas formas. “As alterações no SNC podem gerar diversos sintomas, como fraqueza muscular, alterações visuais, formigamento, incontinência/retenção urinária e desequilíbrio. Os pacientes podem ainda queixar de fadiga crônica e alterações do humor, que antecedem em alguns anos os primeiros surtos da doença”, explica a especialista.

A neurologista enfatiza que a atenção aos sintomas, mesmo que sutis, é crucial. A EM afeta predominantemente a faixa etária entre 20 e 40 anos, com maior prevalência em mulheres, embora o diagnóstico em idades mais jovens e mais avançadas tenha crescido devido ao envelhecimento populacional, avanços tecnológicos e maior acesso à informação.

“Reconhecer os primeiros sinais é essencial. Sintomas neurológicos, mesmo que sutis, não devem ser negligenciados. A identificação precoce da EM permite o início rápido do tratamento, o que pode reduzir a progressão da doença e minimizar sequelas a longo prazo”, alerta Dra. Josemary. Fraqueza, formigamento, visão turva e desequilíbrio são exemplos de sinais que não devem ser minimizados.

Segundo a especialista do Hospital Orizonti, o diagnóstico da Esclerose Múltipla é conduzido por um neurologista, que realiza uma avaliação clínica detalhada e solicita exames complementares, como a Ressonância Magnética e a análise do líquor cefalorraquidiano. Essa abordagem permite descartar outras condições com sintomas semelhantes e definir a melhor estratégia terapêutica para cada caso.

“Atualmente, dispomos de diversos tratamentos modificadores da doença, capazes de reduzir a frequência e intensidade dos surtos, além de retardar sua progressão. Com acompanhamento médico adequado e suporte de uma equipe multidisciplinar, a maioria dos pacientes pode manter uma boa qualidade de vida, realizar suas atividades cotidianas e alcançar seus objetivos pessoais e profissionais”, afirma a Dra. Josemary.

Além dos medicamentos, a neurologista do Hospital Orizonti ressalta a importância de hábitos saudáveis para o bem-estar geral. “Como especialista, vejo diariamente a importância de conscientizar a população para que não ignore os primeiros sintomas, que muitas vezes passam despercebidos. Diagnóstico precoce é sinônimo de tratamento eficaz e preservação da qualidade de vida”, afirma.

A Dra. Josemary explica que aos avanços da medicina têm transformado a perspectiva de quem convive com a EM. Com os tratamentos atuais, é possível controlar a doença, reduzir surtos e viver de forma plena. “Lembre-se de priorizar a sua saúde neurológica. Ao menor sinal de alerta, procure um médico. Não ignore os sintomas e invista em um tratamento que pode mudar o curso da sua vida. A Esclerose Múltipla não é uma sentença — é um desafio que pode ser enfrentado com informação, apoio especializado e escolhas conscientes. Qualidade de vida é possível e está ao alcance de quem busca ajuda e se compromete com o cuidado integral”, finaliza a médica do Hospital Orizonti.

Sobre o Hospital Orizonti

O Hospital Orizonti, faz parte do Grupo Orizonti, fundado pelos médicos Amândio Soares Fernandes Júnior e Roberto Porto Fonseca – tendo como sócios os doutores Ernane Bronzatti e Marcelo Guimarães, conta com mais de 250 leitos, centro cirúrgico completo, além de centro de medicina nuclear e de diagnóstico por imagem, centro de transplante de medula óssea (TMO) e radioterapia. São mais de 55 especialidades disponíveis, entre elas neurologia, oncologia, ortopedia e cardiologia. O edifício bioclimático possui jardins internos e um dos maiores telhados verdes da América Latina – mais de 7 mil metros quadrados. Cercado pelas montanhas da Serra do Curral, integrado ao meio ambiente, tem vista panorâmica para Belo Horizonte (MG).

Fonte: Assessoria