Médica do Hospital Metropolitano de Alagoas reforça importância do diagnóstico precoce da diabetes
Neide Brandão
O diabetes é uma doença crônica, silenciosa e cada vez mais frequente entre brasileiros. Embora não tenha cura, é totalmente possível controlar a doença e, em alguns casos, alcançar remissão – especialmente no diabetes tipo 2. No Dia Mundial do Diabetes, celebrado em 14 de novembro, a endocrinologista do Hospital Metropolitano de Alagoas (HMA), Jéssica Medeiros, reforça a importância do diagnóstico precoce e do acompanhamento médico contínuo.
“O diabetes não tem cura. Ele tem controle e, em alguns casos, até remissão. Hoje contamos com um arsenal terapêutico muito eficiente para o diabetes tipo 2, capaz até de induzir remissão dependendo da medicação e do quadro do paciente”, explica a médica, ao enfatizar que, no caso da diabetes tipo 1, o tratamento é exclusivamente feito com insulina, iniciada logo após o diagnóstico.
Na maior parte das vezes, o diabetes não apresenta sintomas claros no começo. Muitas pessoas só descobrem a condição quando surgem complicações, como alterações visuais, renais ou cardiovasculares. Por isso, a médica reforça: não esperar sentir sintomas para investigar. “É essencial fazer o rastreio. O diagnóstico precoce evita complicações e permite iniciar o tratamento de forma oportuna”, destaca Jéssica Medeiros.
Diagnóstico
O diagnóstico é feito por meio de exames simples, disponíveis na rede pública de saúde, como a hemoglobina glicada, a glicemia de jejum e a curva glicêmica. Esses exames permitem identificar diabetes e também detectar o pré-diabetes, condição que, segundo a especialista, já deve ser encarada como doença.
“O pré-diabetes não é apenas uma fase antes do diabetes. Ele já representa risco aumentado para complicações e deve ser acompanhado por profissionais. No Brasil, entre 30% e 59% da população pode se enquadrar nesta classificação”, informa a médica do Hospital Metropolitano de Alagoas.
Dados
Atualmente, estima-se que 7,6% dos brasileiros já tenham diagnóstico de diabetes. Entre pessoas com a doença ou em risco, 30% a 50% não sabem que têm alteração glicêmica. Além disso, a condição afeta jovens, adultos, idosos e até crianças, no caso do diabetes tipo 1. Jéssica Medeiros também destaca a importância de atenção ao diabetes gestacional, cuja incidência vem aumentando. O diagnóstico é feito pela curva glicêmica entre a 24ª e a 28ª semana de gestação.
O Hospital Metropolitano de Alagoas é vinculado ao Sistema Único de Saúde (SUS), sendo referência em média e alta complexidade, atende pacientes via regulação estadual e conta com equipe multiprofissional capacitada para diagnóstico, acompanhamento e tratamento de complicações associadas ao diabetes. O hospital reforça a importância do rastreamento, da educação em saúde e do manejo adequado para prevenir agravos. “Previna-se. Procure um médico para fazer o rastreio e não espere ter sintomas para descobrir o diabetes. Quanto mais cedo identificamos, mais chances temos de evitar complicações”, alerta Jéssica Medeiros.