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Maceió/Al, 27 de abril de 2024

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Wadson Regis Wadson Regis
Jornalista profissional, formado pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal), é editor-geral do AL1.
15/08/2017 às 09:51

Super Lessa e Mulher Born vêm aí, em mais um episódio da fantástica política de Alagoas

Militantes da saudosa esquerda, Ronaldo Lessa e Katia Born estão alinhando uma nova temporada, agora no PDT. A dupla chegou muito longe na política, superando desafios aparentemente sem futuro.

Ele, passou de vereador “carregado” pela coligação, em 1988, a prefeito de Maceió, em 1992, numa eleição que ninguém acreditava. Ronaldo virou o Super Lessa ao também surpreender na eleição para governador, em 1998, vencendo Manoel Gomes de Barros, que discursava sobre a prisão da gangue fardada e a retomada da estabilidade econômica, pós o impeachment de Divaldo Suruagy.

Ela, eleita vereadora na capital, em 1982, teve votação pífia e perdeu a eleição de 88. Apadrinhada por Ronaldo, foi sua secretária municipal de Saúde e a indicada pelo então prefeito, num gesto de amizade a Katia, mas um ato controverso contra Heloísa, sua vice-prefeita, que ficou sem mandato e seguiu carreira solo, chegando à ALE e ao Senado. 

Juntos, Ronaldo e Katia estavam no ápice do protagonismo político. Mas os poderes do cargo de governador e de prefeita da capital deram ao casal o imaginário de super-heróis. Os poderes do então SUPER LESSA e da MULHER BORN começaram a desaparecer quando esqueceram que na política é um dia no poder e outro dia sem ter o que comer.

Foi pelo erro de ambos, com a escolha DIVIDIDA de Alberto Sextafeira para suceder Katia Born, que o mundo político do CASAL 20 começou a desabar. Em 2004 o então governador Ronaldo Lessa queria indicar Marcos Vieira, mas a turma de Katia, que não engolia Ronaldo, tomou outro caminho. Se não houvesse a cruzada de braços de Ronaldo, dificilmente o fenômeno Cícero Almeida teria chegado à Prefeitura de Maceió. 

Com a derrota na prefeitura, dois anos depois, em 2006,  Fernando Collor, o fenômeno das massas, derrotou Lessa para o Senado (naquela vez todos apostam tudo em Lessa).

Ronaldo perdeu mais duas - para governador e prefeito de Maceió. Katia perdeu para federal em 2006, estadual em 2010 e nunca mais tentou enfrentar as urnas. 

Do protagonismo ao esquecimento foi um pulo. Ronaldo passou oito anos sem mandato e conheceu o mundo sombrio dos fora do poder. Katia virou secretária itinerante e continua à procura da batida perfeita para retomar um mandato.

Eis que, agora, uma série de fatores está motivando a união do casal. De saída do PSB, Katia e uma turma estão indo para o PDT, do deputado federal Ronaldo Lessa, que - mesmo sem a força de antes - volta a abrir os braços para a amiga (que mantém parte da turma das antigas).

Também não duvide se a dupla decidir enfrentar as urnas e desafiar o impensável (para muitos). Ele deve permanecer em Brasília; ela quer um lugar na ALE. 

Pelo que já fizeram... é esperar os próximos capítulos (JUNTOS JÁ ESTÃO). 

UM DETALHE: Katia é cria política de Ronaldo, mas nas ruas, junto ao povo, só Célia Rocha chega perto.

LIÇÃO A NÃO ESQUECER. Foi num erro básico dos fenômenos do momento que a história da política alagoana mudou. Lição é lição. Ontem, hoje e sempre.

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