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Maceió/Al, 03 de maio de 2024

Colunistas

Wadson Regis Wadson Regis
Jornalista profissional, formado pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal), é editor-geral do AL1.
01/02/2024 às 08:36

TBT de 16 de junho de 1961: o dia em que os primeiros tremores destruíram casas no Pilar. Em Bebedouro duas pessoas morreram

Violentos tremores de terra abalaram, na madrugada do dia 16 de junho de 1961, a cidade de Pilar e o bairro de Bebedouro, em Maceió. O fato ocorreu por volta das 2h. Naquela época não havia as badernas dos dias de hoje. Assim, praticamente todos dormiam em seus lares quando os tremores foram ouvidos.

Pilar, que fica à margem da laguna Manguaba, foi a mais atingida. “Um rio de lama avançou sobre a cidade, invadindo casas que estavam nas proximidades da lagoa, provocando enchente nas ruas e a destruição de casas”. É o que diz a publicação do Jornal A Noite, do Rio de Janeiro, destacando que fendas haviam sido abertas no chão. “Em Pilar não houve vítimas; em Bebedouro morreram duas pessoas” (Maria da Conceição, de 50 anos e sua filha, Doralice).

O jornal retrata que os geólogos Geraldo Muniz e Jayme Gusmão, do Instituto de Geologia do Recife, estiveram em Alagoas e “constataram que o fenômeno foi facilitado pela presença de rochas sílico-argilosas” e que “o fenômeno certamente vai continuar e se processar lentamente ou mesmo com a presença de chuvas copiosas, podendo novamente ser acelerado, chegando a destruir casas”.

A tragédia foi a manchete do Jornal de Alagoas do dia 17 de junho de 1961.

GEÓLOGOS QUE VISITARAM “TORRÃO”, EM PILAR, AFIRMAM QUE O FENÔMENO PODERÁ SE REPETIR.

Passados 57 anos (16/06/1961), eis que a terra voltou a tremer. No dia 08/03/2018, no bairro Pinheiro, em Maceió. É importante destacar que a complexidade deste caso vai desde uma falha geológica 100% comprovada à extração desastrosa da Braskem. Entre fenômeno e mineração há a participação dos agentes públicos. É um crime sem precedente, mas não como o que é divulgado (isto está claro). Famílias e comerciantes foram enganados e expulsos. Há quem se deu bem, com a venda de imóveis, e há os que não tiveram alternativa diante do terrorismo exposto.

A verdade jamais será revelada. É um crime coletivo, cometido durante décadas.

Continua com o terrorismo do risco das minas para afundar Maceió e com a enganação aos moradores dos Flexais (como arma política). Em 1961 não havia Braskem, em Maceió.




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