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Maceió/Al, 26 de abril de 2024

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Wadson Regis Wadson Regis
Jornalista profissional, formado pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal), é editor-geral do AL1.
23/10/2017 às 08:45

A eleição do povo vem aí, mas quem acredita no povo e nos políticos brasileiros

De março de 1983 a abril de 1984 o povo brasileiro foi às ruas pedindo eleições diretas para presidente da República, que não aconteciam desde 1960, com a vitória de Jânio Quadros.

Como curiosidade, vale ressaltar que foi nas eleições de 1960 que houve a primeira propaganda eleitoral na TV.

De 1964 a 1985 os militares “tomaram conta do Brasil”.

BEM...
Nos dois anos da campanha pelas Diretas Já o povo brasileiro, artistas, cantores famosos, atletas, religiosos, lideranças estudantis e sindicatos foram chamados para ir às ruas.

Mesmo com toda repressão típica do regime militar, milhões de brasileiros atenderam ao chamado dos políticos, como Ulysses Guimarães, Fernando Henrique Cardoso, Leonel Brisola, Eduardo Suplicy, Lula, José Serra e os nordestinos Miguel Arraes e Teotonio Vilela, entre outros.  Cabia ao Congresso Nacional “apenas” aprovar a emenda do deputado Dante de Oliveira, que propunha eleições diretas para o cargo de Presidente da República.

Naquela época, de pouquíssimas informações, os militares, com toda força e repressão, já não controlavam a inflação, a dívida externa com valor exorbitante, o desemprego, e muitas outras coisas mostravam como o sistema estava em crise.

Pois bem... o povo brasileiro, artistas, cantores famosos, atletas, religiosos, lideranças estudantis e sindicatos fizeram sua parte, mas nem com todo apelo e presença nas ruas, a classe política da época honrou o compromisso da mudança e as Diretas não aconteceram.

DIA DA MENTIRA
No dia 25 de abril de 1984, o Congresso Nacional se reuniu para votar a emenda Dante de Oliveira, que foi derrotada por 22 votos. O detalhe é que o número de abstenções foi decisivo para a derrota da Democracia. Pura covardia da mesma turma que continua zombando, prometendo e enganando o povo, que acabou corrompido e, infelizmente, passou a fazer parte do sistema.

Em 1985, militares e os traidores da Pátria simularam uma disputa democrática INDIRETA, entre o mineiro Tancredo Neves (PMDB) e o paulista Paulo Maluf (PDS – hoje DEM). Tancredo faleceu antes de assumir e o vice, José Sarney, tornou-se o primeiro presidente civil depois do regime da Ditadura Militar.

Três décadas depois a história se repete. O Brasil vive, outra vez, uma crise política, mas que trouxe o ônus de anos de traição de quem faz o Brasil andar na contramão do primeiro mundo .

A crise, agora, não é só política, é econômica e MORAL. A diferença para os dias atuais é que há uma enxurrada de informações intencionais, graças ao modismo das redes sociais.

O Brasil se livrou do autoritarismo dos militares, está controlando a inflação, a dívida externa e combatendo o desemprego. Mas muitos brasileiros ainda não conseguem se controlar ao verem uma nota de 50 reais, como pagamento pelo voto.

FALÁCIA
Dizem que nesta eleição o povo brasileiro dará um NÃO aos políticos corruptos. Dizem que será a ELEIÇÃO DO NOVO, mas os institutos de pesquisas escolhem nomes para você opinar e divulgam a relação patrocinada como sendo aquela que representa os anseios da sociedade.

Em 2018 teremos eleições, mas eles “os políticos profissionais” serão os grandes vencedores. E o povo? Ah, os que estão do lado certo são minoria, como os que votaram pelas derrotadas Diretas Já.  

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