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Maceió/Al, 30 de abril de 2024

Colunistas

Wadson Regis Wadson Regis
Jornalista profissional, formado pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal), é editor-geral do AL1.
08/04/2024 às 09:48

Depois das filiações... estão todos amarrados

Cazuza era, sem dúvida, um exagerado. Cantava e encantava multidões com “ideologia, eu quero uma para viver”. O roqueiro era “doidão” e eu sempre presto muita atenção nos malucos, porque eles não ligam para rótulos, nem para os que mandam. Não sei se a psicologia concorda, mas os loucos são “phoda” porque são sóbrios de alma. Na política, a tradução “livre” do trecho da canção de Cazuza ficaria assim: “ideologia, eu quero uma para sobreviver”.

Na ciência (biologia) o darwinismo partidário também tem uma tradução livre.  Segundo Darwin, haveria uma “luta pela sobrevivência” e apenas aqueles com características mais vantajosas poderiam sobreviver e reproduzir-se. Os indivíduos com características menos vantajosas não sobreviveriam às pressões do meio e, consequentemente, não se reproduziriam. E, assim, a política fez nascer os sábios que mandam, desmandam e sobrevivem ao tempo, onde da sobrevivência política nem sempre o mais forte prevalece. Da expertise humana (na política) produziram a chapinha, que faz vencedor com metade do chapão, porque os fracos unidos vencem. Na selva política o chapão vira guilhotina de reputação, históricos de vida e trabalho com ‘serviço prestado’. No final das contas a matemática da política é que 2 + 2 até pode dar 4, por coincidência.

Com relação à ideologia, kkk, essa já não cola na política - faz tempo. Mas a turma se adapta, como pode ser visto em Maceió, Arapiraca, Marechal Deodoro, Pilar, Maragogi e São José da Laje (por exemplo), com filiados do PL indo para o PT, e vice-versa; Do MDB indo para o PP, e vice versa.

Imagine Bolsonaro e Lula, Renan e Arthur. Olhando para os aliados que justificam com a palavra mágica “sobrevivência”. Sim... porque por ideologia já sabemos “há tempo” que não é. Assim, as poucas novidades de última hora na formação das chapas em Maceió e alguns municípios mostram quem manda na organização dos partidos - O PODER!

Como dizia o personagem Fabiano, em Vidas Secas, de Graciliano Ramos “governo é governo”. Graciliano retratava algum local do agreste alagoano. Provavelmente essa máxima ainda persiste.

Teremos uma campanha onde o favorito é o grupo que já está no poder.

Depois das filiações, todos já estão amarrados.

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