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Maceió/Al, 26 de abril de 2024

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Wadson Regis Wadson Regis
Jornalista profissional, formado pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal), é editor-geral do AL1.
07/05/2018 às 11:08

150 dias. É o tempo que temos

Em 7 de setembro de 1822 D. Pedro, às margens do Rio Ipiranga, em São Paulo, proclamou o surgimento de um novo país, com o grito de "Independência ou Morte".

Em 15 de novembro de 1889, na Praça da República, no Rio de Janeiro, então capital do Império do Brasil, o alagoano Deodoro da Fonseca comandou um grupo de militares do exército brasileiro e pôs o fim da Monarquia Constitucional Parlamentar no país, instaurando um novo regime de governo presidencialista.

À época da proclamação da república o descontentamento da população brasileira era óbvio, sobretudo dos militares, civis republicanos, elite agrária e abolicionistas. Eles exigiam mudança de governo, ao mesmo tempo que buscavam melhores condições, participação política e liberdade de direitos. Entre os fatores que incomodavam a população estavam a crise econômica, o aumento dos impostos e taxas, a corrupção na corte, a censura e o caráter centralizador da monarquia.

Pulando capítulos importantes da história, em 1º de abril de 1964 os militares assumiram o controle do país. O regime autoritário e conservador durou 21 anos e também sucumbiu em meio à uma série de turbulências semelhantes ao modelo anterior.

No dia 15 de março de 1985, José Sarney assumiu o país dando início ao período chamado de Nova República. Na verdade, o Brasil era vítima de mais um golpe. O presidente do Brasil, em 1985, se houvesse eleições diretas, deveria ser o honrado Ulysses Guimarães.  

Cinco anos depois, em 15 de novembro de 1989, o povo brasileiro teve nas cédulas de papel a oportunidade de confirmar Ulysses Guimarães presidente, mas prevaleceu o golpe branco, com o interesse particular dos políticos da época e a disputa ficou entre Fernando Collor e Lula. Dois anos depois Collor sofreu impeachment e 12 anos após a primeira derrota, Lula assumiu a presidência com o discurso de moralidade. Só que, nunca da história deste país, a polícia trabalhou tanto. A sucessora de Lula, indicada por ele, sofreu impeachment e ele está preso por corrupção.

No próximo 7 de outubro o Brasil terá uma nova oportunidade. Pode ter, mais uma vez, Collor e Lula nas urnas. Contra eles outros citados em casos de corrupção. Para desespero de muitos, o nome que mais assusta é o do militar Jair Bolsonaro.

Temos 150 dias para decidir. O Brasil que queremos está longe de alcançarmos.

Guarde estas frases

Não é fácil educar, porque é difícil ser lição”.

O ser-humano tem uma individualidade que é perigosa”.

Se o sistema político brasileiro funcionasse SER POLÍTICO SERIA O BASTANTE.

Se a democracia prevalecesse teríamos POLÍTICOS DE JOELHOS E ELEITORES DE PÉ.

Por anos temos sido cúmplices, coniventes e/ou omissos.  

196 anos depois da independência ainda somos dependentes, só que agora da nossa própria sobrevivência.

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