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Maceió/Al, 27 de abril de 2024

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Wadson Regis Wadson Regis
Jornalista profissional, formado pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal), é editor-geral do AL1.
28/07/2019 às 21:05

Renan Filho é o alvo

Blindado durante todo o primeiro mandato, quando tudo o que pegava virava ouro e o que falava era garantia de novos tempos, o governador Renan Filho descobriu, logo no início deste segundo ciclo, que está no meio de um fogo cruzado, com artilharia que pode implodir até seu sonho mais simples: ser senador ao lado do pai.

As ameaças também têm potencial de minar seu desejo mais audacioso: ser presidente do Brasil, um sonho que o pai – por pouco - não conseguiu.

Ainda com o governo bem avaliado, fruto do providencial ajuste fiscal, dos investimentos na segurança púbica, da realização de concursos e da promessa de transformar os números da educação e saúde, o governador precisa agir rápido para evitar cair na maldição do segundo mandato.

O fogo cruzado
A artilharia está partindo da Assembleia Legislativa – o órgão fiscalizador de seu governo; da Organização Arnon de Mello – principal grupo de comunicação do Estado; e dos aliados insatisfeitos com o tratamento aquém do esperado (por eles).

No Poder Legislativo, Marcelo Victor tem feito o que é possível para travar o governador. Conta com um exército próprio, os adversários e com os aliados que se dizem pouco prestigiados por Renan Filho. Na ALE não será fácil escapar sem sequelas.

A mudança na linha editorial da Gazeta, de propriedade do senador Fernando Collor, tem uma série de motivações. Sem o mesmo acordo de cavalheiros do primeiro mandato, as manchetes diárias estão direcionadas aos pontos fracos do governo. Sem entrar no mérito da estratégia, são conteúdos que mostram uma gestão bem diferente do que é propagado pelo governador e pela comunicação oficial do governo. Renan suportou o bombardeio da Globo por mais de 10 anos. Não caiu, mas nunca mais foi o mesmo, principalmente para a opinião púbica.

Já no interior, os aliados que reclamam do posicionamento do governador prometem retaliação nas eleições de 2020, que representam o primeiro tempo do pleito de 2022. Neste quesito o número de prefeitos eleitos – do MDB e partidos aliados – será o principal indicativo para 2022. 

Vale destacar que o comportamento da turma interiorana será um combustível a mais para retaliações na ALE e divulgação na Gazeta.

Novo cenário
Sem Renan Calheiros no controle em Brasília, Renan Filho também precisa agir rápido para evitar as investidas dos sindicatos (ligados ao aliado PT), que ameaçam uma série de protestos pelos direitos que não cobraram nos primeiros 4 anos deste mesmo governo.

O fato é que Renan Filho é o alvo. O que é preocupante para a Alagoas.

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