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Maceió/Al, 26 de abril de 2024

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Wadson Regis Wadson Regis
Jornalista profissional, formado pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal), é editor-geral do AL1.
16/02/2017 às 22:46

Geração Z faz fila para estudar. Alagoas, quem diria... tem futuro

Encontro da nossa turma, com a presença dos mestres Encontro da nossa turma, com a presença dos mestres

Cresci ouvindo o mestre do rádio, França Moura, ainda na Gazeta AM, dizendo que haviam enterrado uma cabeça de burro em algum lugar deste Estado e, por isso, em Alagoas tudo era difícil.

Fiz meus estudos básicos numa escola pública, do Estado – o Professor Loureiro, em Murici. Foi onde conheci os primeiros e mais importantes amigos e tive o privilégio de ter professores fantásticos. Talvez tive sorte, porque a escola era boa, os professores exemplares e a turma unida.

Graças ao Watsapp, a maioria daquela turma voltou a se reunir. Fizemos até um encontro, em dezembro último, na mesma escola, reunindo nossa eterna diretora, Anieta, e os mestres de outrora. Havia gente que a maioria não via há mais de uma década. Acho que fomos privilegiados.

Por outro lado, nos quase 200 anos de emancipação, Alagoas amargou o descaso na Educação. A última posição era cadeira cativa. Quantas gerações foram perdidas. Os especialistas são unânimes: Os números da violência que colocaram Alagoas como o Estado mais violento do país e Maceió a capital onde mais se matava (até 2014), são os reflexos mais diretos da ausência do Estado, ao longo de décadas.

Mas está lá, no Salmo 126: Depois da tempestade vem a bonança. Até 2014 éramos o centro das atenções no quesito criminalidade e o eterno líder no analfabetismo.

O tempo é outro: 2015 será, no futuro, visto como o início de um novo marco na história de Alagoas. Os números da violência começaram a cair e surgiu a primeira escola em tempo integral na rede estadual de ensino, no Benedito Bentes, em Maceió.

Em 2016 as estatísticas da violência mostraram que o planejamento de combate à criminalidade estava no caminho certo e 17 escolas funcionando em tempo integral.

Agora em 2017, Alagoas mostra para o Brasil que segue por um caminho reto, com as contas em dia, ajuste fiscal, diminuição na criminalidade, obras estruturantes em ritmo acelerado e meta de 35 escolas em tempo integral (sendo 10 em Maceió) até 31 de dezembro.

O governador Renan Filho já estipulou e divulgou que a meta é que 50 escolas em tempo integral estejam em pleno funcionamento até 31 de dezembro de 2018.

Não é propaganda oficial, mas hão há como evitar as comparações. No Estado com maior número de analfabetos do País, agora há fila para frequentar a sala de aula numa escola em tempo integral. Assim como as redes sociais, essa realidade ainda é uma novidade para milhares de alagoanos.

Não me interessa o que os outros estados têm. Eu quero ver o alagoano dizer que tem orgulho de ser alagoano. 

Para muitos ainda é lenda, mas eu acredito.   

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